Gostei bastante do texto de ZPA, com é de hábito. Ainda mais porque este fragmento tem um belo título: Zombem de nós os que não são poetas.
Contudo, sendo absolutamente sincero é difícil deixar de notar que se trata de um texto algo palavroso, ao qual um pouco da estética clara dos jornalistas faria bem.
Digo isto sem a intenção de polemizar. Apenas porque o texto me parece seguir uma retórica discursiva, próxima do realismo.
Neste caso, cairia bem evitar um pouco da redundância, e evitar as rimas muito fáceis.
Tudo enfim, que a velha retórica (viva S. Olavo Bilac!) recomendava e que as escolas de jornalismo reviveram e modernizaram.
No mais, é uma glória para a Usina ter um ZPA por aqui.
O texto em questão é de 2001, e é provável que ZPA já o tenha reescrito, o que invalida estas críticas.
Sinceramente,
Penfield Espinosa
P.S.: caso o leitor não tenha tido a felicidade de saber, Fausto, de Goethe, é um dos textos mais inspiradores de toda história da humanidade.
Narra a estória de um homem que vende sua alma para o demônio, para obter mais conhecimento.
Existem muitas leituras dessa fábula. Uma delas, naturalmente, tem a ver com a ética: o quanto alguém pode negociar e se vender para atingir um fim?
Mas esta é apenas uma das interpretações, provavelmente a mais rasteira de todas.
Sendo um germanófilo e um estudioso do Fausto, ZPA poderá fazer 50 interpretações muito mais profundas do que esta.
Preciso perguntar a ele. Será que ele responderá a ignorantes como eu?