Usina de Letras
Usina de Letras
23 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62724 )
Cartas ( 21341)
Contos (13287)
Cordel (10462)
Crônicas (22559)
Discursos (3245)
Ensaios - (10527)
Erótico (13585)
Frases (51105)
Humor (20109)
Infantil (5536)
Infanto Juvenil (4859)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1379)
Poesias (141048)
Redação (3337)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1964)
Textos Religiosos/Sermões (6290)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->Apresentação -- 20/04/2002 - 11:26 (Anecildo Katz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sou Anecildo, o capeta,
Anecildo de Piauí;
faço versos por esporte
para confundir à morte,
por isso é que estou aqui.

Doente desenganado,
meu estado é terminal.
Quando me injeta morfina
meto o dedo na vagina
da enfermeira no hospital.

Maria, sua boceta
eu não mais já posso ver,
porém mesmo na distância
sinto o cheiro da fragância,
seu perfume de mulher.

Sou velho, ai, muito velho,
nada tenho, nada sinto,
mas, ao tirar tua calcinha
neste corpo que definha
treme o velho e triste pinto.

Não escrevo. Meus poemas
estou ditando prum neto.
Ele que me lê os cordéis
remexendo nos papéis,
é um garoto muito inquieto.

Um tal de Almir escreveu
hoje um cordel engraçado.
Com sílaba bem contada
desejar não deixa nada,
é um cordelista arretado.

Em termos de correção
ninguém supera o Da Guia
mas é barroco demais;
o cordel precisa gás
que o fado não carecia.

O barbudo Mestre Egídio
tem personagens vitáis.
Surrealista, leva jeito
com esse verso imperfeito
de ares sobrenaturáis.

Não liguem para o que falo
já que vou viver tão pouco.
Só quero, antes de morrer,
um carinho de mulher
para não morrer tão louco.






Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui