Os signos do tempo das elipses e da invisibilidade, as senhas ocultas, os segredos de toda espécie: Somos escravos do silêncio coletivo.
Mira-te no espelho, um reflexo que nem real é por ser imagem reversa de teu corpo. Novamente, em silêncio responde tua sombra.
Na rua, nas esquinas, nos bancos e na praça: Uns brincam de ser, outros brincam de sê-lo. A inquietude preenche o vácuo entre as presenças etéreas.
No amor e no ódio, na festa e desgraça, somos um bolo de pelos e ossos doloridos, supostamente pensantes. Qual a realidade que tanto pesa?
Quanto custa teu sonho, tua quimera? Quanto pesa o imponderável, qual a razão de tua pressa?
Novamente, emudecida, nada responde a tua sombra. |