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Poesias-->DRUMMOND ACOPLADO -- 17/08/2018 - 18:15 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A estátua do poeta saiu torta,

viraram seu corpo para a avenida,

sentado no banco sem ver o mar

ela não gosta que cheguem por trás,

principalmente mulheres,

que roçam nas  suas costas,

biquínis amarelos em formato de peitos.

Assim a estátua imagina as presenças e as cores.

Todas empacam para uma foto e riem.

Para sorrir o bronze levaria muito tempo.



A estátua do poeta não quer mais agradar,

prefere agora esperar uma chuva noturna.

Essa chuva e a luz,

vinda das altas luminárias de Copacabana,

garantem com precisão

algo eterno para um olhar poético:

pontos iluminados sobre o asfalto,

uma combinação de brilhos,

quase estrelas que piscam.



Mas a estátua do poeta, na verdade,

ainda mantém o eu-lírico

mantendo sua discrição

e uma sensibilidade incomum

apesar da raridade

de também ser bronze.

Difícil definir,

ela gosta de cenas prosaicas.

Ontem de madrugada passou pela sua frente.  

um carro com motoristas bêbados 

que gritavam:

- Viva o Rio de Janeiro!


 



 




 


 


 

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