A janela ficou*
(Olhando-a, em frente ao prédio, lá da praça)
Saí, hoje, desta casa, com saudade,
Onde passei tantos anos de labor,
Servindo, com critério e muito amor,
A Deus, a minha Pátria, à humanidade.
Se sofri desenganos, foi debalde!
De triunfos senti o bom sabor:
Tive prêmios e bênçãos do SENHOR
O que me transmitiu felicidade.
Prossigo, com coragem, em lutas mil;
Mas, certa, muito certa, aqui estou:
Servi e servirei ao meu Brasil!
Muitas cousas o vento já levou
Para bem longe deste céu de anil...
Resta a lembrança: a Janela ficou!
* Arlete Pereira da Costa, "A oitava janela", 1ª edição, Rio de Janeiro: Princeps Gráfica e Editora, 1974, página 156.
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