Não me encantam as rosas obtidas pelo excesso das possibilidades e muito menos as palavras colhidas sem o resultado da vida ida.
Não abarrote os vazios sutis da minha alma com a possibilidade “do vir a ser” e não escriture promessas sem o compromisso das realizações.
Preciso do agora e, ele, não é dirimível frente aos tantos apelos desatendidos.
Eu quero e sei estar querendo o irrealizável neste contexto sem nexo que revela a falta de sintonia dos tempos que vagueiam sem nós.
Avante, mas sei que alguns pedaços ficam e outros seguirão feridos.
Inteiro, talvez, jamais, mas não posso ficar sem mim.
Anseio um canto sem os cantos tristes desta sonoridade abrupta de acenos que desencantam o meu canto de mundo.
Quero o irrisório, mas preciso disto mesmo sabendo que o amor pretendido seja, para muitos, coisa banal.
Não me alimento de coisas superficiais e não me visto com as máscaras fétidas da hipocrisia, talvez, por isso, o palco tenha sido desfeito e o espetáculo findara.