1. Infelizmente, nós, os professores e as escolas, ainda somos viciados em texto na lousa e questionários. Por tabela, nossos alunos se acostumaram com essse "método". Se não passamos nada no quadro, os pupilos reclamam: "Professor, o senhor não vai dar nada?".
2. É moda pedir a opinião dos alunos sobre determinado texto ou tema. É importante, sem dúvida. Mas o que diz o autor do texto? Onde está o trabalho de interpretação e exegese ? Como podemos dar a opinião sobre um texto, sem conhecer exatamente as idéias do mesmo? Este é o problema: todo mundo quer dar opinião sobre tudo, mas não quer passar pelo trabalho de leitura e análise das próprias idéias que o texto comporta. Pensem: como posso ter opinião sobre a obra de Galileu, Platão, Gilberto Freyre, Mário de Andrade etc., sem conhecer /saber muito bem o que disseram? É justo?
3. O ensino tornou-se tão mecànico e monótono, que esquecemos de estimular/aprender a pesquisa e a metodologia científica na escola. A praga do texto didático no quadro atrofiou a iniciativa dos alunos e dos professores. Educar é propocionar autonomia intelectual. Para isto, a escola deve ensinar a pesquisa e seus métodos.
4. Os alunos, cada vez mais tarde, deixam o pensamento concreto. A capacidade de abstração é muito limitada. Se retiramos um conceito de seu contexto imediato, nossos alunos não conseguem encaixá-lo numa nova situação. Parece que perderam a habilidade de imaginar.Exercitar o pensamento abstrato e concreto tornou-se uma necessidade premente da educação. Mais filosofia e episteme na escola. Menos doxa.
5. É preciso criar o DIA NACIONAL DO ENSINO SEM LOUSA E GIZ. Neste dia, ninguém, em todo o território nacional usará tais "métodos".