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Artigos-->Não ao Ululante -- 16/02/2003 - 18:19 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não ao Ululante

(por Domingos Oliveira Medeirois)



Não me parece tão óbvio assim, caro amigo Athos. Primeiro que, no seu artigo, você deixa claro que, em tese, o Lula teria ganho a eleição por conta das coligações que fez, inclusive e principalmente com o PL. E faz a indagação de que, sem o PL, se o Lula estaria hoje na presidência. Não sei se estaria. Mas de uma coisa eu tenho certeza: antes só do que mal acompanhado. Se o partido coligado é reconhecido, POR VOCÊ MESMO, como eterno adversário do PT, isto então significa que estivemos - voltando um pouco no tempo – diante de uma traição anunciada? Que a coligação se fez, apenas, para ganhar as eleições? Que não houve compromissos de ordem programática? Se houve, o PT concordou, naturalmente, em abrir mão de algumas de suas idéias. O que me parece óbvio. E que, ao assumir o poder, não terá como agir diferente. Seria pura traição.



E se o Ciro tivesse sido eleito? Seria diferente? Creio que sim. Do mesmo jeito que você indaga a respeito, acho que sim: se o Lula viesse a ganhar as eleições sem o PL, aposto que sua conduta, hoje, seria outra.



Portanto, meu amigo, não vejo outra saída. Se o caminho a ser construído, segundo sua opinião, deverá ser aos poucos, com o que concordo em parte, por outro lado, não é menos verdade de que toda caminhada começa com o primeiro passo.E o primeiro passo do governo Lula não foi dos melhores. Aponta para outro rumo. Um rumo já conhecido e desgastado.



O rumo da Reforma da Previdência, nivelando os servidores e trabalhadores por baixo, e privatizando a Previdência; o aumento dos juros; a obediência aos ditames do FMI; o valor do salário mínimo; o contingenciamento orçamentário e o excesso de discursos, lembram FHC.



Não se falou, concretamente, até agora, em empregos. Nem no primeiro nem nos demais. Há silêncio quanto à retomada do crescimento econômico. Parece que a economia esgotou seus recursos. O que não é verdade. A economia é atividade-fim. Quem comanda, ou deveria, pelo menos, comandá-la, seriam as políticas e as diretrizes traçadas pelo governo. Não existem políticas. Parece que o PT e afiliados não tinham um programa de ação definido, tal o nível de improvisação, de incertezas, de que se revestem as primeiras ações.



O Gustavo Patere tem razão num ponto. Se o Lula errar, todo o sistema político estará comprometido. Ninguém acreditará mais em nada. E tudo poderá acontecer. Quando se perde a esperança e a credibilidade, o país descamba para a falência.Vide a Argentina.



E o mal se corta pela raiz. Tem-se que atacar o primeiro e maior problema: o endividamento crescente de nossa dívida.. Sem uma renegociação da dívida (não é calote)não há saída. O resto é pura balela. Propaganda do Duda Mendonça. Conversa pra boi dormir.



Não se trata de criticar o Lula. Ele é o menos culpado. Mas seus assessores, sim. Insistem na política do endividamento e da subserviência ao capital estrangeiro. E na "independência" do Banco Central. Esse caminho é o errado. Alguns petistas até já se posicionaram neste sentido.



Claro que ainda confio no Lula e na mudança de rumos. Afinal, a palavra de ordem da campanha era essa: MUDAR O BRASIL.



Porém, quanto ao fato de que ainda é cedo para cobrar resultados, não concordo: as reformas estão, pelo menos, oito anos atrasadas. E os métodos iniciais apontam para a continuidade de uma política desastrosa, levada a efeito pelo ex-presidente FHC, que resultou num nível de endividamento incompatível com qualquer equilíbrio econômico-financeiro, necessário para a retomada do crescimento econômico, que não se faz sem recursos para investir.



Domingos Oliveira Medeiros

16 de fevereiro de 2003

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