Desnecessários são os redemoinhos provocados por excessos de adornos do sentir que acabam por extravasar um ponto. Eu ponto, eu pronto, eu senciente, eu presente, eu ausente… eu reciclo para permitir-me presente. Vou e retorno ao ponto já reciclado com o necessário e estrito ao espaço contextual da realidade. Reciclo todas as verdades impostas e fico com o que estrutura a verdade que me faz ser notado ao lado. Paro e observo outros pontos. Alguns são reticências e, portanto, inacabados, distantes do eu reciclo. Eu reciclo e em movimento constante encontro-me, portanto o ponto é quase inacabável. É quase perfeição feito o trabalho à mão do artista. Inacabado é perfeito a reticência do reciclar que dá ar à vida em todas as idas. Reciclar é a partida sem chegada...um redemoinho ao vento de toda a existência. É clemência por uma chance de viver sem deixar de crer na própria existência.