Usina de Letras
Usina de Letras
249 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62174 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50577)

Humor (20028)

Infantil (5424)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Humor-->Conversa no telefone -- 17/12/2004 - 08:02 (CARLOS CUNHA / o poeta sem limites) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








Um telefone toca num fim de tarde, começo de noite:
- Alô?

- Pronto.

- Ih, que voz estranha... Ta gripada?

- Faringite.

- Deve ser o sereno. No mínimo ta saindo todas as noites pra badalar.

- E se estivesse? Algum problema?

- Não, imagina! Agora, você é uma mulher livre.

- E você? Sua voz também está diferente. Faringite?

- Constipado.

- Constipado? Você nunca usou essa palavra na vida.

- A gente aprende.

- Ta vendo? A separação serviu para alguma coisa.

- Viver sozinho é bom. A gente cresce.

- Você sempre viveu sozinho. Ate quando casado só fez o que quis.

- Maldade sua, pois deixei de lado várias coisas quando a gente se casou.

- Evidente! Só faltava você continuar rebolando nas discotecas com as amigas.

- Já você não abriu mão de nada. Não deixou de ver novela, passear no shopping, comprar jóias, conversar ao telefone com as amigas durante horas...

- Comprar jóias? De onde você tirou essa idéia? A única coisa que comprei em quinze anos de casamento foi um par de brincos.

- Quinze anos? Pensei que fosse bem menos.

- A memória dos homens é um caso de policia!

- Mas conversar com as amigas no telefone...

- Solidão, meu caro, cansaço... Trabalhar fora, cuidar das crianças e ainda preparar o jantar para o HERÓI que chega a noite... Convenhamos, não chega a ser uma roda-gigante de moções...

- Você nunca reclamou disso.

- E você me perguntou alguma vez?

- Lá vem você de novo... As poucas coisas que eu achava que estavam certas... Isso também era errado!

- Evidente, a gente não conversava nunca...

- Faltou diálogo, é isso? Na hora, ninguém fala nada. Aparece um impasse e as mulheres não reclamam. Depois, dizem que faltou diálogo. As mulheres são de Marte.

- E vocês homens são de Saturno!
Silencio...

- Mas e aí, como vai a vida?

- Nunca estive tão bem. Livre para pensar, ninguém pra me dizer o que devo fazer...

- E isso é bom?

- Pense o que quiser, mas quinze anos de jornada são de enlouquecer qualquer uma.

- Eu nunca fui autoritário!

- Também nunca foi compreensivo!

- Jamais dei a entender que era perfeito. Tenho minhas limitações como qualquer mortal...

- Limitado e omisso como qualquer mortal.

- Você nunca foi irônica.

- Isso a gente aprende também.

- Eu sempre te apoiei.

- Lógico. Se não me engano foi no segundo mês de casamento que você lavou a única louça da tua vida. Um apoio inestimável... Sinceramente, eu não sei o que faria sem você!... Ou você acha que fazer vinte caipirinhas numa tarde para um bando de marmanjos que assistem ao jogo da Copa do Mundo era realmente o meu grande objetivo na vida?

- Do que você esta falando?

- Ah, não lembra?

- Débora, eu detesto futebol.

- Débora! Esqueceu meu nome também? Alexandre, você ficou louco?

- Alexandre? Meu nome é Ronaldo!

Silencio...

- De onde esta falando?

- 578 9922

- Não é o 579 9222?

- Não.

- Ah, desculpe, foi engano.

Os dois caem na gargalhada.

- Quer dizer que você faz uma ótima caipirinha, hein?

- Modéstia á parte... Mas não gosto, eu prefiro vinho tinto.

- Mesmo? Vinho é a minha bebida preferida!

- E detesta futebol?

- Deus me livre... 22 caras correndo atrás de uma bola... Acho ridículo!

- Bem, você me dá licença, mas eu vou preparar o jantar.

- Que pena... O meu já esta pronto. Risoto, minha especialidade!

- Mentira! É o meu prato predileto...

- Mesmo?... Bem, a porção dá pra dois, e estou abrindo um Chianti também. Você não gostaria de...

- Adoraria!

- Dá o endereço.

- Nossa... Tão pertinho! São dois quarteirões daqui.

- Então? É pegar ou largar.

- To passando aí, Ronaldo.

- Combinado, vizinha.

a.d. ft/NET






Visite a minha página clicando aqui

CARLOS CUNHA/o poeta sem limites

dacunha10@hotmail.com





CARLOS CUNHA:produções visuais




Um FELIZ NATAL à todos os leitores e colegas da USINA





Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui