92 usuários online |
| |
|
Poesias-->Amor internético -- 26/05/2001 - 19:59 (Alberto D. P. do Carmo) |
|
|
| |
Que patético!
Onde dantes eram pipocas no escurinho da matinê
Hoje são rebimbocas cibernéticas numa tela de TV!
Os beijos eram salgados, hoje são digitados
Que profético!
O que ocorria às escuras, ora ocorre nos reservados
Que falta de ética
Como diria o ditado: Novos tempos, novas práticas
Viva as gentes informáticas!
Estou roboticamente apaixonado!
Coitado!
Coitado uma ova! Queres um indício? Uma prova?
Espera sentado!
Enquanto davas à namorada uma flor amarela
Eu tenho a minha como descanso de tela...
É pouco, ou queres mais? Sossega, rapaz!
Lembras dos postais? E das fotos três por quatro?
Pois aqui as coisas fogem do comum, analisa por ti mesmo!
Enquanto buscas flores da estação, eu facilmente clico num botão
e me surgem tulipas e poemas de Alcorão
Aqui não se vive a esmo!
Voltemos ao teu retrato...
Enquanto amassavas a amada imagem na carteirinha do colégio
Aqui fazemos do "zoom" um delicioso privilégio
Ela é linda em trezentos por cento. E se quiser mais, eu aumento!
Como diria o poeta: - Por aqui são outros quinhentos!
Novas eras, novas almas, nova estética
Aposentados que somos das "sixties" décadas
Aqui encontramos todas as nossas heurecas!
|
|