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No desejo que inunda meu corpo incontrolável,
Enquanto ouço os ruídos da vida ao lado,
Concluo que és aquele ser doce e insubstituível,
E entendo então porque meu coração está parado.
Eu te sinto como estivesses tão perto de mim,
Acariciando meu corpo em brasas inteiro,
A sensação poderosa é que só vivo assim,
E teu carinho é sempre indescritível e certeiro.
Nas horas de loucura e prazerosa alucinação,
Em que só conseguia sentir intenso prazer,
O desejo era a única e verdadeira reação,
Que meu cérebro descontrolado conseguia ver.
Meus lábios sentem o néctar que absorveu,
Em horas de carícias em que perdi a razão,
E naquele momento em que o mundo era meu,
Elegi como único caminho possível a paixão.
Já sinto os efeitos dessa ausência demorada,
Meu corpo se ressente em lenta agonia,
A lua parece que se escondeu transformada,
E já não pressinto em minha alma a escalada.
Prossigo, porém com fé e delirante,
Encontrando em tudo uma razão de viver,
Apreciando o universo sigo avante,
Fazendo da paz interior o meu calmante.
Vânia Moreira Diniz
26-05-2001
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