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Poesias-->O HOMEM EXTERMINADOR DE RATINHOS - mensagem digitada - Saes -- 02/01/2018 - 16:39 (Boanerges Saes de Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Homem Exterminador de Ratinhos

(história verídica)



Era o segundo dia do mês de janeiro,

Dois mil e dezoito, corria o novo ano,

Primeiro dia útil do mês inteiro,

Estava prestes a entrar pelo cano!



Na edícula, desci do telhadinho,

Iniciada a madrugada,

Muito custou sair do ninho,

Minha fome estava avançada.



Forte aroma de comida,

Invadia sem dó, meu sofrido ser,

Parecia o alimento da vida,

Tinha que adentrar e não mais da fome sofrer .



Saquinho de sementes era a atração,

Meus passos pareciam asas a voar,

Forte batia o meu coração,

Localizado o alimento, era o meu manjar.



Sem muito raciocinar,

Direto dirigi-me ao fundo daquela caixinha,

Um cheiroso saquinho estava a me acenar,

Aroma dos deuses, todinha minha,



Minha fome estava perto de sanar.

Acertei! Ninguém por perto,

Iniciei o raro alimentar,

Pensava: sou muitíssimo esperto!



Puxa daqui, rasga dali,

Abre pouco mais na lateral,

Mesmo na escuridão, via tudo ali,

Era a vontade, fenomenal.



Mais que de repente,

Forte pancada por trás ouvi,

Não tinha nenhuma gente,

Nem forte vento, senti.



Rápido, caí na real,

Porta fortemente fechada,

Meu coração batia fora do normal,

Esqueci da fome, era uma cilada.



Tudo fiz para dali fugir,

Horas mais horas passavam,

Não via o momento de alguma coisa fluir,

Manhã de sol, vozes anunciavam:



Você ouviu o barulho na madrugada?

Não, falou voz feminina,

Homem, voz calma, divagava,

Foi a ratoeira! Desarmada!



Concluía, a voz de macho:

À tardinha levo-o à praia,

Até lá, vivo estará, eu acho!

Vai voar, tal pipa, com rabo de arraia.



Já que ia passar férias na praia do mar,

Não podia perder tempo, tinha que ficar forte,

Mais precisava meu corpo alimentar,

Pensava: Êta cara de sorte!



Mas, como no amanhã, ninguém advinha,

Qual tipo de eventos irão acontecer,

Comer e comer, era o que fazer tinha,

Se todos vamos morrer, agora resta forte o bem viver.



Estranhei, avançava a tardinha,

Céu de nuvens escuras pairavam,

Como ao mar iria, cisma tinha,

Será que me enganar estavam?



Não demorou nadinha,

Senti passos fortes a se aproximar,

Idoso “setentinha” vinha com ladainha,

À caixinha, falando vinha e se aproximar:



O “titio” vai levar você de carro passear,

Não tenho medo, carro grandão eu vou dirigir,

Ao meu lado, dentro da caixa, você vai sentar,

Logo, logo ali em baixo você irá nadar.



Ah! Quão bem me fazia ouvir aquela suave voz,

Parecia ouvir do meu ninho o falar de meu paizão,

Quando reunia no ninho todos nós,

Grande família, ao centro da mesa, um queijão!



Tudo corria rápido na minha mente,

Praia, sol, passeio, voar, nadar,

Imaginava o olhar de toda gente,

Primeiro voar, depois mergulhar!



Assim cantarolava: ía, ía, ía, oummmmmuuuu,

Passear já estou,

Feliz em sou,

Mas, por cima duma ponte, o carro passou.



Nada demorou,

O carrão estacionava,

Tudo na minha mente embaralhou,

Onde estou?



A voz do homem, calmamente dialogou:

Chegamos, viu?

Você nem se espantou,

Carro parou e você até sorriu!



Lateral direita, a porta delicadamente ele abriu,

A caixinha comigo junto ele, com carinho, levantou,

Pouco de tontura e visão turva meu ser sentiu,

Era último aviso, meu ser até levitou.



Forte trânsito, o sinaleiro, verde iluminou,

Rápido, conversando, a avenida foi vencida,

Meio da ponte de um lado outro ele olhou,

Parecia que aquelas paisagens a mim era a despedida,



Mas, senti, sem amargura, ele falou:

Aqui o titio vai deixar você voar,

Lá em baixão você vai sentir que mergulhou,

Seus irmãozinhos, mais longe, você vai encontrar,



Não deu outra,

Feliz iniciei a voar,

Mergulhei, nadei no rio, margem outra,

No meu ser, mágoas não achar!



Não estava só,

Senti espiritualmente outro irmão a me auxiliar,

Pouco cansado, mas sadio, do outro lado com um olho só,

Fechado, olhei, pisquei ao amigo Homem, que soube a vida preservar!!!



Quem sabe,

Avisarei meus irmãozinhos,

Que naquele lar não cabe,

À nossa raça não mais fazer ninhos!



Boanerges Saes de Oliveira

02.01.2018 - 16.25 h.v.

Brooklin Paulista – São Paulo – SP – Brasil



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