Resumo: Como a nova atividade da Ancine é dificultar o acesso aos dados sobre o que é feito com dinheiro do contribuinte utilizado para produção de filmes, qual será seu próximo passo: reescrever o conteúdo das informações que ainda disponibiliza, ou apagá-las de uma vez?
Como vêm alertando muitos leitores do Mídia Sem Máscara, a Ancine - Agência Nacional do Cinema - passou a não disponibilizar mais ao público em geral a informação sobre as verbas públicas destinadas a cada filme brasileiro finalizado ou em produção. O acesso a essa informação era feito diretamente através do site da agência mas, após a publicação de 3 artigos pelo Mídia Sem Máscara [*], o sistema foi retirado do ar.
É importante lembrar, contudo, que essas informações são públicas, e a Constituição da República Federativa do Brasil garante o acesso a elas, especialmente em seu inciso XXXIII do artigo 5º. Recomendamos, portanto, a todos os leitores interessados em saber quanto em dinheiro público tem sido destinado a cada filme ou empresa cinematográfica no Brasil que envie um e-mail para o Ouvidor-Geral da Ancine (http://www.ancine.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=64), solicitando novamente a disponibilização das informações no site, como seria, aliás, dever natural dos agentes públicos envolvidos no setor. É possível também escrever para o suporte ao site da Ancine (http://www.ancine.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=49).
Ressaltamos, entretanto, que a destinação de verbas públicas para a produção de filmes existe porque foi criada, votada e aprovada uma extensa legislação a respeito, que em seu conjunto encontra-se ativa e não dá sinais de que venha a ser modificada a curto prazo. A Ancine é um mero órgão regulador, não podendo ser responsabilizada pela péssima idéia de doar centenas de milhões de reais em verbas públicas a algumas dezenas de cineastas, responsabilidade essa que deve recair, especialmente, sobre nossos legisladores e governantes da hora, sempre dispostos a servir à s celebridades esquerdistas que compõem nossa classe cinematográfica.
[*] Os artigos são: Os sócios de Bruna Surfistinha; O império contra-ataca e Comiseracine - os filmes que o brasileiro paga para não ver