A alma dele era traduzida em gatos,
azuis, amarelos,
caras de guepardo... ou não.
Miava, incomodada, em tempo de fome,
ronronava, arranhava a pele alheia
e pedia toque,
áspero, macio, ou, mais contundente,
um aperto no cangote.
E a mulher a levantava ao ar,
como as próprias mães o fazem,
orgulhosas, dignas, soberanas.
Felino atirado à vida,
diminuto, trêmulo,
potencial de luta
em fragilidade de ser vivo.
Ignoravam o que faziam,
gatos, fêmea e macho,
homem e mulher.
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