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Poesias-->Seio e Sucção -- 07/09/2017 - 03:14 (Georgina Albuquerque) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



 




Gaiola, abre a portinhola,

preciso entrar.

Abriga o meu corpo frágil,

acomoda as minhas peninhas ralas.




Que os jornais absorvam a umidade

de um peito que carrega coração choroso.

Ponha à vista a vasilhinha d&
39;água,

pois a sede é torturante.



Amiga,abre a portinhola.

Necessito me esquecer que tenho asas.

Há muito não são mais pródigas,

o vôo tem sido baixo,

rasante no solo alagadiço do óbvio,

do alimento escasso,

da água em gotas mesquinhas.



Adormecerei uns dias, ave encolhida.

Quem sabe, refeita, recobre parte do canto.

e ensaie vôo tímido pelas laterais.

Assim que me disponibilizar as suas grades frias,

feche rapidamente a entrada para o inoportuno.

Só o tempo da cura, do não cansaço,

do relógio sem ponteiros e marcador.



E as duas, gaiola e livre prisioneira,

pactuadas como feijão com arroz,

queijo e goiabada,

seio e sucção.

 










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