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Artigos-->117. O VALOR DOS ESTUDOS DA DOUTRINA — MANUEL (ALUNO) -- 14/02/2003 - 06:46 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Brilhava o Sol ainda, emitindo em ondas os seus últimos raios sobre a face da Terra, quando parti para o Além. Não sabia o que iria encontrar, embora de há muito fosse adepto do Espiritismo Kardecista e freqüentara inúmeras sessões de refazimento e reatamento espirituais. No mais, no entanto, pairava ignorante, porque pouco afeito estive aos estudos das matérias que habitualmente eram desenvolvidas nas sessões de estudo das técnicas mediúnicas e das leituras e discussões das obras básicas.



Nunca fui brilhante, de resto, em qualquer dos estudos, mesmo os escolares, pois pouca afeição tinha aos livros, preferindo mourejar duro em trabalhos de caráter mecânico, utilizando-me tão-só das mãos e dedicando pouco esforço intelectual a tudo que dissesse respeito aos conhecimentos teóricos.



Recém-chegado ao lado de cá, vi-me às voltas com imensas dificuldades, pois despertou-me logo a consciência para o fato de que tivera deixado passar inúmeras oportunidades de crescimento na doutrina e que precisava restabelecer o elo quebrado da corrente que sustenta a âncora da salvação. Não me foi difícil, entretanto, encontrar saída para o problema, pois portava comigo recursos suficientes para fazer jus ao ingresso rápido em escola de evangelização, a qual passei a freqüentar com muito entusiasmo, pois tinha a intuição de que logo superaria as minhas deficiências e poderia aprender o que me faltara na anterior encarnação. E assim aconteceu, graças à afabilidade e à diligência de meus meigos mestres, sempre atenciosos e altamente interessados em meu progresso nesse campo específico.



Após o período de “incubação” por que passei, pude sair ao largo, desfraldando as minhas velas para cruzeiro mais substancioso, agora não mais navegando nas águas da sociedade carnal, mas velejando nos mares mais tranqüilos da mansuetude espiritual, em companhia de navegadores e roteiristas bem seguros de suas funções.



É por isso que me foi autorizado prestar este depoimento por escrito, para que pudesse configurar aos irmãos encarnados que não é suficiente ir a centros espíritas e dedicar-se tão-só às tarefas do socorrismo mediúnico e fraterno. É preciso mais: é necessário prestar muita atenção nas palavras dos irmãos doutrinadores, que, amparados pelos seus mentores, trazem recomendações e avisos úteis ao nosso procedimento; é necessário pautar o nosso comportamento diário pelas luzes do evangelho, o que não exclui o estudo dos livros sagrados que contêm os conhecimentos básicos, essenciais para o nosso progresso na doutrina, o que, de resto, representa o nosso avanço rumo ao reino de Deus.



Essa incorporação dos conhecimentos só se dará, no entanto, quando toda a nossa organização mental e moral estiver afeita ao trabalho conjugado do “saber como convém saber” ao despertar do nosso semelhante para o cultivo do amor a Deus e ao próximo. Por meio de atitude coordenada, saberemos catalogar, sem esforço, as virtudes a serem adquiridas e os defeitos a serem eliminados. Sendo assim, não demoraremos no plano espiritual para aceitar a nossa nova realidade quando lá adentrarmos, o que, é forçoso, vai acontecer a cada um de nós, a cada encarnação.



Este aviso não deve ser levado à conta de advertência, embora saibamos, por experiência própria, que muita gente existe que, como nós, julga suficiente ficar nos centros trabalhando, alheia ao seu aprimoramento. É preciso que cada um cuide de si cada vez melhor, para que cada vez com mais esmero e propriedade possa dedicar-se aos outros. Esta lição, que só aprendi do lado de cá, pode bem servir para todos os encarnados, muito especialmente para espiritistas convictos que, em seu dia-a-dia, estão afeitos a partilhar dos trabalhos maravilhosos que se prestam nessas entidades espiríticas de elevado teor moral, quase profissional, dada a aplicação com que seus dirigentes se entregam ao trabalho de auxílio à comunidade carente.



Não vejam, irmãos no Cristo, em nossas assertivas, mais do que o incentivo natural de espírito entusiasmado por seu novo ministério e o deslumbramento de saber-se guindado à condição de mensageiro da palavra de muito amor e de muito carinho a todo leitor que se digne folhear este compêndio. Fiquem na paz do Senhor e elevem os pensamentos a Deus, em rogativa muito comovida, para que venham os seus espíritos a despertar desde já para o estudo das verdades reveladas através de Kardec e dos discípulos fiéis da doutrina.



Graças a Deus, pude estar presente, eu que nunca imaginara em vida estar nesta sublime condição de transmissor de idéias superiores, que me foram inspiradas pelos meus queridos e carinhosos instrutores. Peço ao médium que se disponha a receber o devido comentário que o nosso orientador, irmão Manuel, por certo não se furtará a transmitir, já que o vejo pronto para isso. Vamos orar para que nossos trabalhos sempre dêem certo, do mesmo modo tranqüilo pelo qual se deu este momento de concentração e de bondade mediúnica.









COMENTÁRIO — MANUEL (ORIENTADOR)



O irmãozinho que tão modestamente se apresentou para a mensagem é valoroso cooperador dos trabalhos. Furtou-se, ele sim, a declinar o seu nome, o que nós faremos para que mereça os aplausos que toda a equipe está prestes a lhe atribuir, pois sua mensagem se deu com muito amor e com muita justeza de conceitos. O seu nome é Manuel, como o meu, e está muito contente com esta coincidência, pois acredita na predestinação ligada aos nomes próprios.



É claro que essa crença trouxe do último encarne, quando certa superstição envolvia, como se fosse um halo, sua personalidade. Acreditava que o nome Manuel lhe traria muita sorte e felicidade, pois eram inúmeras as pessoas que conhecia, pessoalmente ou por ouvir falar, que, carregando tal nome pela vida, foram criaturas bafejadas pelo amor de Deus e tiveram ensejo de trabalhar com muito proveito pela humanidade.



Agora que está conosco, já se conhece por dentro e sabe que essa crença pode até ser nociva, na medida em que o indivíduo possa identificar-se com entidades de extração inferior, passando a agir delituosamente por influência psicossomática. Faz ele sinal com a cabeça que concorda com nossas assertivas. Este dado nos pareceu importante levantar para configurar mais um ensinamento aos que tão zelosamente se deixam levar pelas nossas informações, procurando meditar a respeito de cada novo conceito que emitimos, verificando de sua utilidade na aplicação à sua personalidade.



Quanto ao texto do companheiro, não temos outro reparo a fazer senão o fato de estar um pouco preso à noção do egoísmo humano, que sentimos perturbar a consciência do irmãozinho, uma vez que esteve durante muito tempo ligado a ideais muito próximos das benfeitorias de ordem material que buscou junto aos centros espíritas. Não disse tudo a respeito nem nós vamos revelar, mas é preciso esclarecer que o fato de ter voltado à “Escolinha de Evangelização” demonstra que, ao retornar do mundo físico, veio despreparado, por não ter assimilado, com inteira convicção, até a parte do trabalho de amparo a que se destinara em vida.



Entretanto, como esses dados estão muito subjacentes ao próprio texto e só artimanhas de interpretação poderiam trazê-los à tona (ao que estamos acostumados, dado o nosso tipo de tarefa), é perfeitamente possível aceitá-lo como ótimo, no sentido de servir de alerta a quantos irmãos se vejam na situação enquadrada pelo autor. De resto, já superou todas as dificuldades que apontamos e, se ainda falta um “estradão” para caminhar, não é outro o nosso próprio estágio evolutivo, de uns, um pouco mais, de outros, um pouco menos avançado, mas todos navegando na mesma rota, dentro da mesma embarcação sujeita às intempéries que ameaçam naufrágios, às calmarias que provocam retardos e aos ventos brandos da esperança que prometem atingir o porto seguro a que todos nos destinamos, nesta viagem rumo à eternidade com Deus.



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