UM CERTO TEMPO...
Um certo tempo guardado por pensamentos nefastos,
tive medo de morrer.
Ondas aterrorizadoras atordoavam minha mente, cegava minha visão.
E eu pensava: como se construiu o fogo? Como se construiu à agua?
E os sonhos iam e vinham; nuvens de algodão se desfaziam com o sopro do vento.
Aonde está o amor? A paz?
E como sempre um som, um grande som de trombetas entoavam em meus ouvidos: eu estou aqui, eu sou você; eu estou aqui, eu sou você...
Um certo tempo passei assim, vendo estrelas e noites que eram tomadas pelos dias.
Ansiedades estonteantes, sinais verdes e vermelhos, tudo confuso e um certo tempo; um certo tempo que a música bailava em mim sem emoção, sem coração e sem voz.
Um certo tempo com o medo e mesmo assim passando...
Passando sentindo muita dor; pratos limpos e nem sequer perdão pela ofensa que nunca foi cometida.
Um certo tempo, uma grande dor, olhos derramados em lágrimas, faces limpas e à alegria voltando, depois de cada noite e dos frios uivantes da madrugada,
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