O governo FHC criou a chamada Lei de Responsabilidade Fiscal. Ninguém pode gastar mais do que arrecada. Uma tentativa para sanear as contas públicas e evitar que governantes deixem dívidas para o sucessor. FHC assumiu com uma dívida de 150 milhões de dólares. E, ao deixar o governo, a dívida era de quase 900 milhões de dólares. Podia?
O Banco Central, entre outras funções, foi criado para cuidar da nossa moeda. É o órgão responsável pela normatização e fiscalização dos bancos. Pois bem. Sempre que há uma notícia de desvios de recursos para o exterior, para os chamados paraísos fiscais, o BC é o último a saber. Quando ele vem a saber, a porta já foi arrombada. Caso dos “silveirinhas”. Agora, depois que os parlamentares do Rio instalaram comissão para apurar os fatos, o BC mandou técnicos, especializados, para ajudar nos trabalhos de investigação. Esse trabalho não deveria ter sido feito bem antes, pelo Banco Central? Rotineiramente? Afinal, até quando teremos que ver nossos recursos saírem de forma ilegal do país, usando os bancos como coniventes, e o BC nada fazer para impedir esta evasão de recursos? Depois ainda falam em dar-lhe autonomia. Aí mesmo é que o bicho vai pegar.