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Poesias-->Meus Fantasmas -- 01/03/2017 - 21:19 (MARC FORTUNA) |
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Crio fantasmas onde não há
Invento monstros que devoram o coração
Escrevo a história em que meu eu, se tornará
Mais uma vítima de meu eu na contramão.
Apodero-me do medo que me pertence
E a ele entrego-me como escravo
Alimentando ainda mais o fantasma presente
Por mim gerado no passado.
Meus fantasmas me acompanham
Pois são crias de minhas entranhas...
Deles eu sou, um escravo e senhor
Pois por mim foram criados e a mim devorarão
A criatura devorando o criador
O imaginário destruindo o homem são.
E ao reescrever o roteiro de minha história
Tento excluir em vão o que me faz mal
Mas sem sucesso, pois guardados na memória
Meus fantasmas assumem o papel principal.
Meus fantasmas me atormentam
Pois de meus dias, se alimentam...
©Marc Fortuna |
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