O MIjão da vassoura na mão
Não sou muito de me encantar com a magia do circo, sempre achei entediante ver aquelas piruetas e palhaçadas.
Certo dia vi “baixando” na cidade de Araci, um circo bem humilde, apesar de não sentir muita atração pela modalidade, compreendo ser uma forma muito importante de entretenimento principalmente para as cidade do interior.
Como em Roma devemos proceder como os romanos, levei as crianças para exercitarem a sua imaginação.
O circo era bem humilde, tinha um bode que andava na corda bamba; uma garota sorridente dançando rumba; uns leões velhos; mas o que mais chamava a atenção do pessoal era uma tal vassoura encantada, era a última atração.
Quando o apresentador saía da escuridão desafiando o público, oferecia cinquenta reais para quem segurasse a vassoura mágica.
Muitos se arvoravam, todos ficaram presos na vassoura e não conseguiam largá-la, pareciam hipnotizados, o desafio perdurava, dia após dia.
A fila dos desesperados pelos cinquentinha só aumentava, a vassoura sorria, fazia o seu serviço, até que chegou um homem musculoso daqueles que não sai da academia nem para almoçar.
O tal do Nélio musculoso levantou a mão para enfrentar o desafio da vassoura, desceu da platéia e foi segurar a magrela.
Todos esperando soltar o sorriso, foi quando o apresentador iniciara o desafio:
- Um, dois, três e já!
Nélio segurou a bicha, mas na hora de largar...
Nada, ficou ali tremendo e puxando , fez tanta força que se urinou todo.
A platéia caiu na gargalhada e nosso amigo perdeu a disputa para uma vassoura.
Todos que desafiaram a madeira, saíram na derrota, mas o nosso amigo másculo, pegou a pior fatia, pois ficou conhecido na cidade até hoje como o mijão da vassoura na mão.
Marcelo de Oliveira Souza
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