Tinha por nome Viktoria, mas por Ewa é que atendia. Secretariava o Senhor Embaixador para quem diariamente a jornalada traduzia. Para nós, reles secretários, mal passava do bom-dia. Andava pelos quarenta e tantos, e se vestia com elegância pouco comum aos muitos comunistas que a rodeavam.
Tinha tido uma cátedra universitária, que deixou, em troca do trabalho mais vantajoso na Embaixada. Dzien dobry, panie Ewa, e quase nada além daquela saudação matinal.
Mas numa coisa, que excitava nossa curiosidade, ela por fim se abria, justamente quando ao banheiro ia: e a gente inda quase que goza, só de lembrar indo de encontro a água do sanitário, aquela urinada vigorosa, toda ruidosa.