----- Pois, Milene, a cartilha dos nossos dilectos "amiguinhos" está definitivamente aberta e esclarecida. Se já não havia lugar a dúvidas quanto ao conteúdo intelectual dos personagens coligados, sobre o que de estofo moral apregoavam, também, doravante não restam incertezas: esta seita excrementa a cama com que aduba e produz a sua própria alimentação. Como são genuínos predadores da palavra - que pena o "dia santo" ser tão hipócrita - não se coíbem nem hesitam em meter dente a um ou outro ôsso que lhes passa defronte às fauces. Nas horas vazias e entediadas, como não lhes sobra assunto, recomem e ruminam a palha que vomitam. Têm no sangue o géne maldito da inveja espiritual que tem metido, através dos séculos, a humanidade na fossa da degradação. Para estes e como estes, D.Afonso I em 1111, legou-nos a solução: pedras bem ao alto, vigília permanente e espadeiração quanto baste.
----- Sabes bem, Milene, quanto me contive antes que me decidisse pela instauração do "burrigídio" (este termo está primorosamente arquitectado, pois está?). Interrogava-me sobre a origem donde lhe teria advindo o apôdo de mestre. Afinal, constata-se, impô-lo em sordidez ìntima aos incautos que o rodearam e que decerto traíu sem remissão na esconsidade do silêncio tácito que rodeiam esta espécie de manobrismos.
----- O outro, bem, Milene, o outro, vai naturalente estender-se um pouco mais. Já tenho em forja o termo ideal para lhe abençoar a mente e o estilo. Tem tendências caninas e sobretudo parece que adora atacar tornozelos. Gosta de lançar desafios para exibir-se dentro do curro aonde se presume, também - vê lá Tu - mestre!
----- Que dizes?! Continuamos ou ignoramos? Para que os animais morram ou não morram à fominha de letras, vamos ou não dar-lhes ossos e palha? És mais veterana do que eu nestas lides. Conheces-lhes a fundo o pendor. Decide Milene! Se este vómito passasse por aqui, decidia eu.
----------------- Torre da Guia ----------------- |