Era dia das mães. Os amigos haviam combinado de fazer uma festa para as suas mães. Bem cedo, foram para o salão que haviam alugado. Enfeitaram tudo. Preparam “os comes e bebes” ensaiaram uma singela música. Fabrício era quem organizava tudo e combinava os detalhes finais:
— Olha, gente, as nossas mãezinhas queridas já estão aguardando lá fora. Assim que nós abrirmos as portas, elas vão entrar juntas. Então cada um procura o olhar da sua mãe e todos juntos cantaremos a música para elas.
Paulo estava com uma cara de quem viu fantasma e discordou:
— Eu concordei em participar da festa com vocês. Mas isso também já é mancada, né? Se a minha mãe entrar por aquela porta, eu saio correndo.
— Mas hoje não dia para discórdias. Se você está brigado com a sua mãe, aproveita para fazer as pazes hoje — interferiu Fabrício
— Eeee, olha o cara viajando... eu num tô brigado com a minha mãe — respondeu Paulo.
— Então porque você vai sair correndo...?
— Simplesmente porque já faz mais de dez anos que a minha mãe morreu.