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Poesias-->PARA OUTRO IDOSO -- 09/10/2016 - 01:00 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Não faço questão de músculos.




Não discuto como andar devagar,




não ter cabelos ralos




e o rosto vermelho encarquilhado.




Pouco me incomoda repetir ideias.




Posso até afirmar ter conhecido muitas,




embora hoje esqueça os rostos 




e as chaves voem da bolsa.




 




(Hoje tudo está contido no possível




como a proximidade dos netos adolescentes




que perderão um dia 




os seus cabelos grossos, 




pintados de azul, verde ou amarelo).




 




E não faz diferença para mim




a bengala de três pontas, 




a vida deixou de ser entrega




( a vida não é somente um bico extremo)




mas  zombo ao perceber que estou vivo.




 




Eu estou vivo




- no meio do frio, colírios




de uma solidão limpa -




e enxergo




em algum lugar




muito além da Catarata.




 




Este foi meu primeiro dia aceitável




(sem sofrimento fetal)




com a minha lente artificial, sintética,




intraocular.




 




 




DO LIVRO: "ADVERSOS E OUTROS MOMENTOS"








 


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