Usina de Letras
Usina de Letras
240 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140788)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6177)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->VITORIOSA. (ENEDINA) -- 28/09/2016 - 16:13 (Ana Zélia da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
VITORIOSA.



Enedina Bentes (indicação Ana Zélia)



Descendo a Getúlio Vargas,

Ali na altura da Glacial

Vi uma pedra estranha

No chão, lá longe...

Continuei caminhando

Olhando alucinada aquela pedra

Se alguém tentasse pegá-la eu correria,

Gritando É MINHAAAA, É MINHA

Mas ninguém a viu.

Só eu.

Afortunada.

Me aproximei.

Parecia um pedaço de kriptonita.

Mas logo percebi a realidade nua e crua:

ERA UM PEDAÇO DA LUA.

Muita sorte para uma garota como eu!

Olhei ao redor e antes que alguém notasse

Peguei a pedra.

Entrei numa loja e pedi pra usar o banheiro.

A respiração ofegante.

A moça me mostrou uma portinha horrorosa nos fundos da loja.

Entrei.

Senti cheiro de água sanitária.

Tirei a pedra da bolsa.

"Um pedaço da Lua, Enedina! Só você mesma..."

Tirei a blusa, abri com os dedos a pele e

afastando músculos e ossos vi o buraco que você deixou

quando me arrancou o coração.

Depositei a pedra de Lua naquele espaço.

Reorganizei tudo dentro de mim.

Fui tomada por uma forte onda de frio e depois de calor,

Meus olhos arderam e senti calafrios da espinha até a nuca.

Choques elétricos percorreram meus nervos.

Mas eu não gritei.

Eu calei.

Eu esperei aquele torpor passar.

E quando eu saí da loja, estava tudo normal.

Mas eu não estava mais morta.

Eu havia renascido!

E até hoje quando passo na Getúlio Vargas

Lembro daquele dia 6,

Em que tive numa nova chance

E agarrei.

Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Manaus, 28.09.2016. Nota da autora.

Enedina Bentes é uma poeta de nome em Manaus,

valorizando nossas heroínas que vencem mostrando

o lado poético da vida. Parabéns Amiga. Ana Zélia

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui