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cronicas-->TJN - 011 = O auspicioso casamento está na igreja... -- 11/03/2007 - 15:39 (TERTÚLIA JN) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Para o "Desabafe Connosco" do Fórum JN.

O auspicioso casamento está na igreja...

No meu caso, aos 68 anos de idade, estou desde já sentimentalmente imbuído, disponível e tranquílo, no espírito da quadra sanjoanina que em 1965 logrou o pódio do celebrado concurso do Jota-eNe:

Todos temos nesta vida
o nosso trevo da sorte:
colhem-no uns ao nascer,
outros na hora da morte

Bernardino Pedro (Porto)

Excelente trova sanjoanina que de imediato verto na quase integral trova da vida:

Todos temos nesta vida
a nossa hora da sorte:
têm-na uns ao nascer,
outros à hora da morte.

Tive deveras o meu trevo-hora da sorte ao nascer e, para complemento mais profundo ainda da musa de Bernardino Pedro, vou de novo tê-lo com a morte, apresente-se o nada-inteligente com o cariz que se apresentar.

O bom que a vida pode oferecer a um indivíduo, fruí-o àmpla e satisfatoriamente. O mau intenso que apoquenta a maioria da vida das pessoas, também o sofri quanto baste. Estou pois na situação aquilatante em que, montando o meu tribunal, me imagino em todas as funções, colocando-me de juiz e sentenciando: condeno o réu à ausência absoluta de inteligência internando-o no natural ciclo biológico.

Se do enunciado exposto porventura bem se deduz o que doravante quero, espécie de "estou-me-nas-tintas" para o nefando raciocínio do preconceito-verrino que se me depara "estúpido-assassino" todos os dias, desde que em sono não esteja (prefiro os pesadelos), se algo mais quero, resume-se apenas a almejo que me conforta o actual estado de ser. De resto, na vida de gato-e-rato estou assaz super-treinado e já não será qualquer estouvado cãozinho, por mais fiel ao dono que seja, que me virá estragar a brincadeira. Já sequer confio na segurança que as actuais autoridades do meu país têm a obrigação de conferir aos cidadães.

E que almejo eu?

Vejo a cerimónia do provável e auspicioso casamento, entre a embasbacada multidão de convidados do "sabe-tudo-que-não-sabe-nada", concitando os nubentes da responsabilidade que estão dando os primeiros passos em direcção ao altar da sensatez que poderá enfim proporcionar objectivo sentido ao destino do meu querido país. Vejo a boa exemplaridade que emana do regime político passado - que elementos dignos teríamos agora se não fosse isso? - a tentar casamento com o que de bom existe no decorrente regime - liberdade que clama por harmonia, ordem e decência - para que a democracia o seja em plenitude e os portugueses possam gozar sua vida e afrontar-lhe as vicissitudes com tranquilidade.

Olhem e sintam a toda a pele o centro da cidade do Porto a partir das 21 horas da noite. Avaliem a irreponsabilidade de um presidente de càmara que se tem por responsável e marginaliza os mais lídimos pendores da cidade. Aquilatem que espécie de espectáculo os portugueses esperam fruir na Casa da Música ou no Rivoli. Considerem-se em si mesmo os intelectuais fulgores que advêm do "fecha-te em casa e não percas o cheiro do gato fedorento". Tome-se o espelho e contemple-se as cenas do "só visto" a lamberem-se e a relamberem-se em ninhada, gozando com os olhos e os ouvidos de um país inteiro. De facto, só visto (ouvido e sentido) e de boca aberta pela parte daqueles que tenham miolos de fazer vida e assegurar futuro com convicção.

O nosso Presidente da República, harmonioso, ordenado e decente, apresentou a aliança, anunciando: homens com honra precisam-se! Estou a vê-lo, num dado momento da sua campamha eleitoral, a perfurar a rotação da babélica e desdentada cassete da nossa imbecil existência: - O Povo é quem mais ordena. E Povo ordenou. Cumpra-se. Se não se cumprir não passaremos de ser "uma espécie de magazine democrático com uma boca do tamanho da TVI : fedor vocal !

TdG = DR/SPA 104153

PS = Meditem, contentes e descontentes, contratem até o advogado do diabo, piquem repiquem, americanizem a portugalidade, disfarcem-se, embuçem-se, mas nunca se esqueçam, apesar de todas as diferenças de pendor pessoal, de fazer figas ao destino e sobretudo não se conspurque e destrua mais o que resta das matas do nosso ainda tão lindo país.
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