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cronicas-->NOVO MILÊNIO - FELIZ ANO NOVO -- 01/01/2001 - 20:12 (Leon Frejda Szklarowsky) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Crónica
NOVO MILÊNIO
FELIZ ANO NOVO
O milênio, que nos deixa a passos largos e o século XX, que também se esvaiu, rapidamente, com a chegada de um novo ciclo, contabilizam para o ser humano uma imensa experiência de bons momentos e de salutar e invulgar progresso, no campo da medicina, das artes, da astronomia, das ciências espaciais, naturais e especulativas, jamais vistas e imaginadas. Quantas ciências brotaram e quantas idéias novas e velhas vieram e foram-se como um vendaval incontrolável. Tempestades de palavras e cascatas de um sem número de ideários se conceberam e também desapareceram, momentaneamente. O final do século foi pródigo em novidades e revolucionárias descobertas e invenções.
Também as civilizações passadas enriqueceram o homem com feitos que demonstram o elevado grau de desenvolvimento que este atingira, como o comprovam as piràmides do Egito, dos incas e dos astecas e as civilizações perdidas, que remontam a milhares de anos, quiçá milhões de anos, marcadas por calendários refeitos periodicamente ou desconhecidos.
As civilizações orientais, da China, do Japão, da índia dão mostra da riqueza espiritual do homo sapiens. Os indígenas e os negros legaram suas religiões, seus deuses, tradições e sonhos, que continuam inspirando os homens.
Quantas surgiram e desapareceram em tempos e espaços desconhecidos. Entretanto, o que é o tempo, senão apenas uma parte da eternidade que nunca começa e nunca termina?
Contudo, nenhuma delas atingiu o aprimoramento máximo do monoteísmo, como o fizeram o povo da Bíblia - os hebreus e, posteriormente, o cristianismo e o islamismo, guardiões de um Deus único e universal.
Os Livros Sagrados dão o testemunho do poder do ser humano e da presença divina una em todos os momentos da história, ainda não desvendada de todo, guardando o Código da Bíblia em seu seio segredos que, com certeza, indicarão o verdadeiro destino dos homens, fornecendo a resposta às angústias e às dúvidas, que os atormentam e nenhum ser conseguiu sequer divisar.
Isto, apesar dos tormentos e dos dissabores, das catástrofes, das guerras, dos momentos tenebrosos, da incompreensão dos homens, que não aprenderam sentar-se à mesa, antes de deflagrarem as ditas ou malditas guerras santas ou demoníacas. Antes, preferem a dizimação, o sofrimento, a mutilação, a destruição para, somente, depois, compartilharem o pouco que resta, se remanescer alguma coisa, depois de deflagrada a guerra das guerras. Pobre humanidade! Pobre ser humano que ainda não se apercebeu da beleza da vida, da emoção de estar presente no cosmos, da santidade de participar desta grandiosa criação, do mistério da existência!
Não obstante, o homem, desde seu nascedoiro, jamais se apartou do culto ao espírito e está começando a entender que existem valores supremos e transcendentais que superam a riqueza material, assim que, aos poucos, sua espiritualidade vai-se impondo timidamente e ultrapassando as barreiras, conquanto os radicais e fundamentalistas de todos os credos, religiões e ideologias ainda enlameiem e infestem a sociedade. Merecem eles severa punição, para que esta não se fragmente e deteriore de vez, pela incapacidade e pequenez, em reagir com todas as forças de que dispõe.
A transformação do homem bélico no homem pacífico é um imperativo, que se impõe neste novo século e milênio que tanto prometem, mercê das conquistas e proezas no campo científico. É preciso, porém, que o homem acorde do sono milenar e se lembre de seus irmãos de infortúnio, envoltos na miséria, na dor e na incúria dos que governam as cidades e as nações, olvidando o mandamento de Deus de que todos somos irmãos e descendemos de um só pai e uma só mãe. O escárnio com que tratam os seus semelhantes desaponta. A crueldade de seus atos fere e penetra fundo, fazendo jorrar o sangue de inocentes. Destes que, sem dúvida, o Criador, jamais olvida.
Lembro uma rápida conversa, há dias, no anoitecer desta centúria, com um simples guardador de carros, os desprezados flanelinhas. Ao lhe perguntar singelamente o que esperava da vida e o que desejava, quais seus planos, respondeu-me que não sabia sequer se teria o amanhã, quanto mais o hoje. Pensou que o estivesse menosprezando. Insisti, indaguei-lhe se riqueza, se bens materiais fá-lo-iam feliz. Depois de muito relutar, disse: "Doutor, só quero saúde, porque então poderei ter tudo de que necessito"! Sábio pensamento. Sapientíssimas palavras. Talvez ou, com muita certeza, o espírito divino o estivesse envolvendo, porque sabedoria tanta não esperava provir de alguém que decretara não ter o amanhã e muito menos o hoje! Do triste passado, nem pensar.
Vivemos, pois, o momento histórico da caminhada para o novo século e milênio, prosseguindo as grandes descobertas humanas. Poucos são os que conseguem essa proeza. Faz-se necessário que saibamos usufruir essa dádiva.
Que esta nova era seja realmente de paz e do espírito.
Que todos os seres humanos compreendam o verdadeiro sentido da vida.
Que todas as crianças, mulheres, menos jovens, mais jovens, injustiçados e desprezados encontrem seu lugar na Terra.
Que todos tenham saúde, saúde e saúde, nesta aurora de novos tempos.
Que todos se lembrem do pobre flanelinha, que nada deseja senão saúde, mas que um pouco de trabalho e uma casa pequenina, para fazer ou refazer seu lar, não lhe farão mal nem afetarão os mais afortunados.
Que todos sejam felizes.
Que o nascer destes novos tempos representem o portal de um mundo menos trágico e mais seguro e iluminado pela chama da esperança e pelas luzes do Altíssimo,

PORQUE

O homem é o único ser vivente que pode transformar e modificar a realidade em que vive, de forma consciente. Nada é impossível.

Ele não vive só, é um ser gregário, que estende a mão ao outro, fita seus olhos no infinito, à procura de algo que lhe está bem próximo - o outro ser.



Leon Frejda Szklarowsky.:

Brasília, DF, 30/12/2000 22:37:13


(Autorizo sua publicação e edição)
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