Consola-me a lembrança do beijo,
e ainda o gosto, que teimo em sentir.
Assim como, o toque da mão
quando me toma nos braços
em tão loucos abraços
que chega a confundir.
Consola-me as poucas vestes guardadas,
no estado em que estavam,
depois do amor.
Consolam-me as poucas imagens guardadas,
onde junto estavas,
quase sempre, era só eu, ou só você.
consolam-me tantos versos,
tantas ideias bobas,
tantos sonhos interrompidos
e depois realizados.
Consola-me a lembrança da imagem, de gestos,
de anseios, de encontros,
Porque será que a vida teima em dizer não,
quando é só dizer sim...
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