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cronicas-->TRINTA ANOS DEPOIS... O RELÓGIO PARADO NO TEMPO. -- 25/02/2007 - 16:25 (getulio silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

TRINTA ANOS DEPOIS... O RELÓGIO PARADO NO TEMPO.



Volto àquela cidade trinta anos depois e, encontro o relógio parado no tempo. Quando adentro a casa dos meus amigos LÚ e CARLOS, tenho a sensação de que o tempo não passou... Os móveis e objetos estavam intactos, como naqueles anos, a estante da sala, os móveis do quarto e o baú de madeira estilos retos; o barzinho que abre e traz à superfície as garrafas coloridas de bebidas, até um cinzeiro redondo de plástico que separa as pontas do cigarro... Tudo me fez lembrar o estilo arquitetónico de Lina Bombardi e Oscar Niemeyer, enfim, tudo estava como os deixei outrora em nossas adolescências... Moram ali as lembranças do quanto eu era feliz e não sabia. Tudo são evidências que o tempo não apagou e não apagará jamais! Nem as marcas ingratas da idade foram capazes de tirar o brilho da juventude dos olhos dos meus amigos, continuam os mesmos, incorruptíveis em seus ideais dos anos dourados da década de setenta.
Ah! Como sou saudosista daqueles anos! Uma época em que tínhamos que ler e ler muito para passar de ano na escola, não havia esses "conceitos" de notas que existem hoje. Quem sabia passava de ano e quem não sabia, tomava BOMBA! Voltando ao passado, lembro-me que comprava livros e emprestava-os a todos os amigos e também, exigia a devolução dos mesmos (risos), isso era a famosa troca do saber continuado... Além, dos embalos das discotecas e ou brincadeiras dançantes, conversávamos sobre Che Guevara, Hitler, Stalin, Mozart, John Lennon, Hermann Hesse... Tínhamos diversões, mas também muitas obrigações com os estudos.
Hoje, o que se vê falar por aí, é que, a DROGA corre solta dentro das Escolas, pais de alunos que batem em Professores e ALUNOS que matam colegas e professores. Quando vejo isso, no noticiário da televisão, tenho medo de perder um filho nestas condições e então, volto-me ao relógio parado no tempo, onde brincadeiras de criança eram brincar de pique, jogar pião, soltar pipa... E não, ir a Escola com uma arma na mochila!
Meu Deus! Que saudades que tenho dos tempos que não voltam mais! Que saudades das conversas nos alpendres das casas, onde falávamos de paqueras, mas também dos anseios do nosso futuro. Que saudades da Lú, Carlão, Noêmia, Lurdinha, Didi e todos aqueles que fizeram parte dos saraus da minha juventude.


Getúlio Silva 10/02/2007

Dedico à Maria de Lourdes Moreira - In Memorium
Uma amiga que foi Diretora e Professora na Cidade Ipuã - Estado São Paulo.
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