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Discursos-->A Violência Está na Moda -- 05/04/2003 - 21:27 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A Violência é coisa antiga, mas está na Moda
(por Domingos Oliveira Medeiros)


A violência é coisa antiga. Do tempo da criação. Do tempo do paraíso. Do tempo de Eva e Adão. Do tempo em que a serpente. Preparou o seu veneno. E com um singelo sorriso. Resolveu fazer o teste. O teste da sedução. Despertando o interesse. Pelo fogo da paixão. Mostrando a sua maneira. O belo sabor do fruto. Do fruto da macieira. A fruta então proibida. Conforme disse o Senhor. Mas a serpente ignorou. Despertou a curiosidade. O lado da tentação. O desejo de verdade. Do fundo do coração. Incentivando o pecado. Mexeu lá nas entranhas. Usou de todas as manhas. E Eva não resistiu.

Desconsiderou o aviso. Desobedeceu ao Senhor. Comeu do fruto proibido. Pelo desejo incontido. Por causa de um novo amor. Não havia mais pureza. E o elo foi rompido. O desejo atendido. Assim nascia o pecado. O pecado original. E a vida mudou de rumo. Perdeu a rota e o prumo. Acabou-se o paraíso. No sentido da beleza. Da beleza sem maldade. Daquilo que é preciso. A plena e total liberdade. E o casal foi expulso. Agora não tem mais jeito. A violência chegara. Chegara com toda a força. E toda a imaginação. E a maldade tomou conta. De tudo que é coração. E a violência foi crescendo. Irmão matando irmão. Cristão matando Cristão. O primeiro assassinato. Praticado por Caim. Que matou Abel no mato. Deu o tom dessa questão.

E o mundo virou um inferno. A violência cresceu. De todas as formas e cores. Com todos os seus requintes. De sutilezas e dores. Com todos os dissabores. Da violência original, passamos para a familiar. Mudaram-se crenças e valores. E a violência prossegue. Não há autoridade que negue. Temos a violência física e a violência moral. A violência econômica e a violência sexual. A violência hospitalar, a violência animal, a violência organizada, premeditada, e a violência do jornal. Do rádio e da televisão. A violência da informação.

A violência do nosso ambiente. A violência ambiental. A violência nos rios e mares. Nos garimpos, flora e fauna. A violência da poluição. Da poluição visual. Da poluição moral. Sem ética e sem compostura. A violência sem estética e sem métrica. A violência da usura. A violência decimal. A violência que cobra juros. Juros em cima de juros. Contra a Constituição Federal. E ainda com correção. Mas não se corrige a distorção. A violência financeira, que nada produz, só papel. Papel que vai prá lixeira. Com o boato e a baboseira. E a mentira de fim de semana. Passam no povo a rasteira. Enriquecem e ganham fama. Acumulam capital. Que é melhor e não faz mal. Às custas do carnaval. Do carnaval da opressão.

Da violência mundial. Da violência em forma de bomba. Da violência pela intromissão. Violência de prepotência. Da opressão mundial. Desse mundo global. Global e desigual. Por causa do orgulho ferido. A violência descarta a paciência. A democracia vai à falência. Pela falta de amor e prepotência. E pela falta de educação. E pela falta de bom senso. Violência até na eleição. Promessas e mais promessas. Violência salarial. Violência corrupção. Violência dentro da cadeia. Violência fora da penitenciária. Violência em cadeia Violência por celular. Violência com armas de guerra. Violência militar. Sem que haja soldado. Exército desorganizado. Que ocupa o metro quadrado. Que por omissão foi deixado. Nasce o Estado paralelo. Com toda a pompa e poder. E mais violência acontece. Aos olhos de quem quer ver. Violência que cala a imprensa. Que atira e mata soldado. Violência de quem nada teme. Violência de bala perdida. Que acha e mata inocente. Violência de quem é mais ousado. Violência no varejo. E violência no atacado. Tudo é fato consumado. Violência débil mental. Violência de tarado. Violência de quem violenta. Violência de quem sevicia. Sua filha ou afilhada. Seja de que idade for. Violência é morrer de fome. Por falta de alimentação. Do pai que perdeu o emprego. Violência não pede licença. Violência. não pede favor. É consumo de drogas. É morrer antes do tempo. É perder as esperanças. E adoecer sem tratamento. E morrer no esquecimento. No corredor de um hospital.

Violência é não ter dinheiro. Prá alimentar a família. Para comprar um caderno. É sofrer o dia inteiro. Pela falta de dinheiro. E pela falta de informação. Que lhe abriria o futuro. E também o coração. Violência é não ter o que fazer. É ficar em cima do muro. É ser cidadão de segunda. Ou de terceira categoria. Desinformado e no escuro.

Violência é tudo isso: falta de trabalho e de moradia. Falta de saneamento básico, falta de segurança, falta de alegria e falta de educação. Violência é não ter passado, é estar agora ausente e sem visão de futuro. Violência é pagar imposto, e verificar com desgosto, que nada recebe em troca. Nem o tal do saneamento. Fica sempre no esquecimento. Tal qual aquela promessa. De fazer o calçamento.

E ainda pedem a gente. Prá ajudar no combate. Ao mosquito matador. O mosquito que só cresceu. Por causa do seu criador. E quem criou o mosquito? Foi gente que ele deixou. Crescer e multiplicar. Tal como disse o Senhor. E agora que a família é grande. Que a doença se expande. Pedem socorro ao povo. E tudo começa de novo. Até a próxima eleição. Com a violência do candidato. De tentar ganhar a força. Seja de que jeito for. Fazendo qualquer ligação. De todo tipo e maneira. Parece até brincadeira. Mas do jeito que a coisa anda. Com tanta coligação. O resultado da coisa. Não vai ser brinquedo não. Pode ser um parasita. Ou um monstro de ficção. Com tanta união diferente. Não duvido que mais tarde. Quem vai ganhar a parada. Seja um monstro também. E o nome do presidente, será mesmo FRANKSTEIN.

Domingos Oliveira Medeiros
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