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Poesias-->A casa de minha avó -- 19/12/2015 - 00:44 (Alexandre Pereira) |
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A CASA DE MINHA AVÓ (EMRIQI)
O véu branco da janela me banha de passado,
atiçado pelo vento, traz a lembrança de ti
e da roda sonora que cruzava tua rua. É o movimento
daquele tempo em que estou, estás, estão.
Ouço da janela a tua chegada ao portão, anciã da terra.
Ervas às mãos em ermos pensamentos sábios.
Dotavas de carinho e proteção teu pequeno visitante.
Arrumavas a vida pelo teu infindável trabalho são.
Eu ficava com os teus lápis e uma pelota de papel,
imitando jogadores de futebol, seleção vs. seleção.
E, brotavam imagens alucinantes de partidas históricas,
realizando campeonatos no carpet do quarto querido.
E mais adiante, o barulho de moto me jogava
ao quão longe estava o meu pai, a vida que segue distante,
as horas tardavam a passar para a vinda do meu primo.
Pautados somos pelos compromissos dos adultos cansados.
O véu branco trouxe o teu cheiro, semblante e trilhas no terreno,
toda uma década de luzes dos campos e confusões das grandes cidades.
Da janela, vêm os vizinhos; da porta, sempre um convite;
do telefone de fio, aparece a saudade; do calendário, o fim.
weberleao@yahoo.com.br (lembrar que é meu "novo"nome artístico) |
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