intolerância e do ódio. A democracia que eles querem é a democracia para liquidar com a Petrobrás. É a democracia dos monopólios privados,
nacionais e internacionais. É a democracia que
luta contra os governos populares e que levou
Getúlio Vargas ao supremo sacrifício. (...)
A maioria dos brasileiros já não se conforma com
uma ordem social imperfeita, injusta e desumana.
Os milhões que nada têm impacientam-se com a demora, já agora quase insuportável, em receber
os dividendos de um progresso tão duramente construído, mas construído também pelos humildes.
A reforma agrária não é um capricho de um governo
ou programa de um partido. É produto da inadiável
necessidade de todos os povos do mundo. Aqui no Brasil constitui a legenda mais viva da reivindicação do nosso povo, sobretudo daqueles que labutam no campo.
A reforma agrária é também uma imposição progressista de mercado interno, que necessita aumentar a sua produção para sobreviver. Os tecidos e sapatos sobram nas prateleiras das lojas e as nossas fábricas estão produzindo muito abaixo de sua capacidade. Ao mesmo tempo que isso acontece, as nossas populações mais pobres vestem farrapos e andam descalças porque não têm dinheiro para comprar.