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Contos-->QUANDO O AMOR NÃO ACABA -Cap. XXXI -- 06/01/2013 - 15:09 (Edmar Guedes Corrêa****) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
QUANDO O AMOR NÃO ACABA - capítulo XXXI

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Devo ter ficado ali por pelo menos quinze minutos vivendo um conflito interno, embora o fato de ter chegado à Santa Paula e desejar encontrá-la pendia para que eu criasse coragem. No entanto, o que me fazia tão temeroso era que eu não sabia como achá-la e nem por onde começar a procurá-la. Não podia simplesmente ir até sua casa e tocar a campainha. Não só criaria problemas para ela como havia a possibilidade de dar de cara com a mãe. Para um tímido o pior sempre parecia o mais provável. Teria de encontrar outra forma ou esperar que ela saísse a rua para então abordá-la. Mas quanto tempo eu teria de esperar? E se ela levasse mais de uma hora para sair de casa? E se ela não saísse? Aliás, imaginava essa possibilidade quase como uma certeza. Então minha ida à Santa Paula teria sido em vão?
Claro que eu não suportaria essa angústia por muito tempo. Mais cedo ou mais tarde entraria em pânico e acabaria cometendo uma imprudência, um ato do qual talvez me arrependesse para o resto da vida. Afinal é nos momentos de desespero que metemos os pés pelas mãos. E não seria a primeira vez. Quantos não os meti nos últimos anos? Pessoas fracas, impotentes e as quais são uma vergonha para a humanidade cometem tais atos o tempo todo. Aliás, só o fato de ter ido à Santa Paula atrás dela já não seria um desses atos imprudentes?
Os minutos passaram e com o coração saltitante, o que me causava uma quentura exacerbada e levava-me a transpirar além do normal, tomei a decisão de passar diante da casa de seus pais a fim de ver se não a encontrava. Provavelmente o pai não estaria em casa e a mãe certamente não me reconheceria, mas isso não me ocorreu. Meu coração acelerou e quase desisti ao me aproximar com passos insertos. Mas como naquele momento era aquilo ou continuar sem ela, segui em frente.
Fiquei decepcionado quando vi a porta fechada e um completo silêncio do lado de dentro como se a casa estivesse vazia. Parei por alguns segundos a fim de observar e a ausência de qualquer som levou-me a deduzir que talvez Diana tivesse ido visitar alguém ou até mesmo, a fim de se encontrar comigo à noite, voltado para Juiz de Fora. E esta última possibilidade quase me levou ao desespero. “Será que ela voltou? Ficou com saudade. Inventou alguma desculpara para retornar. Vai telefonar para casa da minha avó e não vai me encontrar. Ficar decepcionada. Minha avó vai falar para ela que eu vim pra cá. Ai ele vai ficar com raiva. Será que vai vir aqui, atrás de mim novamente? Não, não. Não vai não. Vai ficar me esperando na cidade. Não, claro que não! Isso é absurdo. Teria me telefonado. Ela não deve ter ido não. Deve estar por ai, no bar do pai ou na casa de alguém. Duma prima. Ou duma amiga. Deve ter um monte aqui. É uma pessoa extrovertida. Bem diferente de mim. Vai ver que até está na casa daquela amiga. Aquela que foi me chamar daquela vez. Qual é mesmo o nome dela. Diana disse uma vez...”, pensei.
Não recordei o nome da amiga. No entanto, tais pensamentos me desanuviaram a incerteza de que ela talvez tivesse voltado. O sol ainda brilhava intensamente no céu e certamente Diana ainda não retornara. E mesmo que tencionasse fazê-lo, fá-lo-ia ao cair da noite, provavelmente no ônibus das 18:00 ou 19:00 horas, quando haveria tempo de me telefonar e se encontrar comigo. Assim, tomei a iniciativa de perambular pela longa rua que cortava Santa Paula ao meio na tentativa de avistá-la ou ser visto por ela. Talvez ela estivesse na praça ou até mesmo no bar do pai. Por isso decidi primeiramente ir à praça e depois ia ao botequim. Entraria como não quer nada, pediria um refrigerante e se tivesse alguém ali, além do pai, perguntaria por ela.
Fui encontrá-la do outro lado do balcão. Estava sozinha, atendendo dois clientes, enchendo de pinga o copo de ambos, os quais os levaram à boca quase ao mesmo tempo, deram uma golada e, após batê-los sobre a madeira como se estivessem com raiva, disseram alguma coisa acerca daquela bebida que acabei não ouvindo direito.
Ao avistá-la, não entrei logo de cara. Parei diante da porta por alguns instantes para observá-la. Ela por sua vez, ao mirar a porta com seus olhos, estes foram me encontrar. Daqueles lábios escaparam um sorriso que a eternidade não apagará jamais. Em meu peito um contentamento invadiu-me a alma e regozijante devolvi-lhe o sorriso, o qual perdurou todo o tempo em que levei para aproximar do balcão e dizer-lhe um “oi!”
-- O que você está fazendo aqui? -- perguntou-me ela pouco depois.
Poderia ter-lhe dito a verdade. Mas quando ia responder-lhe, o pai surgiu por uma porta e aproximou-se da filha. Isso me desconsertou a tal ponto que acabei dizendo:
-- Vim visitar uns conhecidos. Quando vim ontem com minha avó prometi que voltaria antes de ir para Santos. Então eu vim.
Embora tenha demonstrado afetação com a minha presença, Diana esforçou-se para agir com normalidade, tratando-me como se eu fosse um cliente como aqueles dois à minha direita.
-- E aí? Vai querer beber alguma coisa?
-- Uma coca cola – respondi, olhando ao redor e a procura de uma mesa. Apesar da maioria dos clientes preferirem sentar nas banquetas ao longo do balcão, optei por sentar numa mesinha de ferro atrás da porta. Por quê? Por causa do pai dela. Não me sentia confortável diante daquele homem cuja filha passara as últimas noites em meus braços. Poderia jurar que ele não fazia a menor ideia de que eu era o tal rapaz que vinha iludindo sua filha há alguns anos. E naquele canto eu não só poderia disfarçar melhor o meu constrangimento como evitar que ele percebesse algo entre mim e Diana, pois certamente ela não saberia ocultar a alegria com a minha presença. Possivelmente me dispensaria toda a atenção ignorando completamente os demais clientes do bar.
Enquanto ela deu alguns passos e se abaixou para apanhar o refrigerante na geladeira, sob o balcão, aproximei da mesa, puxei a cadeira e sentei. Sentia-me sob o efeito de um deleite tão intenso que não pude evitar sorrir para o vazio, como quando uma lembrança no afeta de tal forma que o sorriso escapa sem motivo aparente.
Diana deu a volta e aproximou-se com os olhos brilhantes e um sorriso denunciante. Minha presença parecia afetá-la mais do que a mim.
-- Adorei a surpresa – sussurrou-me, aproximando os lábios de tal forma que cheguei a pensar que fosse me beijar.
-- Sabia que você ia gostar – falei
Ela apoiou o copo americano e virou a garrafa, desviando os olhos de mim por alguns instantes, apenas para certificar de que não despejaria o refrigerante fora do copo.
Olhando-a me servir, não pude deixar de pensar: “Linda! Que vontade de abraçá-la e beijá-la nesses lábios grossos.” Sorri. “Esses olhos. Parecem tão apaixonados. Ela está. Deve pensar em mim toda noite. Eu também. Penso nela o tempo inteiro. Queria estar com ela o tempo todo também. Vontade de ficar aqui para sempre. Com ela. Não ir mais embora.”
-- Vou sair daqui a pouquinho e ai a gente se encontra – disse ela, olhando para trás, provavelmente para ver se o pai não a observava. Aliás, instintivamente também fiz o mesmo. O pai conversava com um rapaz pouco mais velho do que eu, o qual tomava uma cerveja.
-- Aonde a gente se encontra? -- balbuciei.
-- Lá em frente a casa de tua avó daqui uns quarenta e cinco minutos – disse-me ela dando uma piscadela e se afastando.
Tomei o refrigerante apressadamente. Permanecer ali poderia ser prazeroso, já que Diana estava ali, mas na realidade me era torturante, pois eu desejava seus braços, o toque de suas mãos e o sabor de seus lábios e isso eu não poderia ter naquele momento. Portanto, o melhor era sair dali e tirá-la do meu ângulo de visão.
Pensei em ir à casa de alguém, fazer uma visita; mas isso poderia acabar me prendendo e atrasando-me. De mais a mais, estava por demais afetado pela espera daquele encontro que, quanto mais o momento se aproximasse, maior seria o meu desassossego, o qual seria notado pelo mais desatento interlocutor. “Não, não. Melhor não ir à casa de ninguém. Vou dar uma volta por aí, passar diante da casa da minha avó. Não deve ter ninguém lá. Tá fechada. Depois fico na praça lendo um pouco. Ainda bem que trouxe o livro”, pensei.
Ao percorrer Santa Paula de uma extremidade à outra não gastei mais do que vinte minutos, mesmo parando vez ou outra para cumprimentar um ou outro conhecido, os quais insistiam em interrogar-me acerca de meus pais. Encontrei inclusive alguns amigos de infância, os quais hoje não me despertavam o menor prazer em revê-los, reação muito diferente daquelas que experimentei nos primeiros anos, quando a volta à Santa Paula era como reviver os momentos inesquecíveis da infância com aqueles amigos.
O livro eu cheguei a abrir, mas os olhos corriam pelas páginas, fixavam-se nas palavras, mas estas não me chegavam ao cérebro. Dir-se-ia estar olhando para páginas em branco ou diante de um texto numa língua desconhecida. Eu simplesmente não conseguia fixar na leitura. Assim, resolvi fechar o Thomas Mann e ir esperá-la em frente à casa de minha avó. Ficaria ali, do outro lado da rua, sentado no meio fio, contando os minutos para a chegada dela. Se Diana estive tão desesperada para estar comigo quanto eu estava para estar com ela, não se atrasaria.
Quando mais o momento se aproximava, menor era o intervalo com o qual eu consultava o relógio. Acho que se ela tivesse se atrasado por algum motivo eu teria caído no desespero. No entanto, seis minutos antes do horário combinado, Diana dobrou a esquina.
Não resisti. Levantei num sobressalto, o que fez com que o livro caísse ao chão, e corri ao seu encontro, tomando-a nos braços, onde um longo beijo marcou aquele encontro.
-- Você parece que não bate bem das ideias – disse-me ela pouco depois, olhando-me fixamente nos olhos. Estávamos sentados no meio fio, no mesmo lugar onde eu estivera momentos antes. O livro eu a apanhara e este jazia ao meu lado.
-- Por quê?
-- Fica mais de um ano sem aparecer, sem dar notícias. Penso até que me esqueceu completamente e de repente aparece como se tivesse sumido por dois ou três dias. Realmente eu não te entendo. Ai, quando você está aqui, parece um garoto apaixonado, como se ainda fosse um adolescente. Por que você faz isso?
Diana olhava-me de forma séria, como se a surpresa a felicidade por eu estar ali se dissipasse e a levasse de volta à realidade. Seus olhos ainda brilhavam, mas também irradiavam um quê de frustração, como se aquele local lhe trouxesse lembranças ruins. Talvez aquele primeiro encontro depois de eu ter terminado tudo, ocorrido há alguns anos, tenha lhe voltado à memória. Foi um encontro difícil e o qual nos marcou profundamente.
-- Eu também não entendo às vezes. Mas quando estou aqui só quero ficar com você e mais nada.
-- E sua namorada?
-- Luciana? Eu gosto dela. Ela é uma pessoa legal. Mas não a amo mais, essa é a verdade. Acho que estou com ela por comodismo, por estar acostumado. Acho que é isso.
-- Ou porque não tem coragem de deixar ela, como nunca teve de me assumir?
Aquelas palavras atingiram-me como uma punhalada. Ela me jogava na cara a verdade mais dolorosa. Eu negaria esse fato até a morte, todavia, não havia como não admitir que estava com a razão. No fundo eu sabia disso. Apenas não era capaz de admitir. Assim como o louco não admite a sua loucura o fraco não admite sua fraqueza. Talvez por isso eu tenha ficado sem palavras, sem saber o que dizer. Meu rosto deve ter adquirido um tom avermelhado e sério, pois eu as sentia queimar. Desconsertado, apenas deixei os olhos caírem.
-- Bom, isso não me diz respeito – disse ela após um breve silêncio. -- Me desculpe. Você me faz uma surpresa e ao invés de te retribuir fico aí te fazendo cobranças. Tínhamos combinados de não cobrar nada um do outro e nem falar do futuro. Vamos viver o momento. O futuro a Deus pertence. Não é verdade? -- Diana levantou-se e eu também fiz o mesmo. Em seguida, levou-me as mãos até a face, pressionou-me as bochechas e beijou-me nos lábios.
Enquanto a beijava, com os braços enlaçando-a pela cintura, apertei-a contra mim. Ela não se opôs e deixou seu corpo colar ao meu. Aquele beijo dissipou toda a tensão causada por aquelas verdades. Eu não queria pensar em nada, menos ainda nos meus problemas. Afinal não foram para escapar deles que fui para Juiz de Fora?
-- Vamos até o campo. Não quero que alguém lá de casa passe e veja a gente juntos. Minha mãe ia ficar uma fera.
-- Mas será que não tem muita gente por lá? Hoje é sábado.
-- Não, não. Só tem jogo amanhã. No máximo alguns moleques jogando bola. E se tive a gente vai por outro lugar.
Assenti. Não queria criar-lhe mais problemas.
Descemos a rua lado a lado, mas como muitas pessoas perambulavam de um lado para outro ou estavam sentadas na porta de suas casas, disse-me para não pegar na sua mão. Respeitei. Afinal não tinha esse direito, pois nem mesmo era seu amante. Na verdade, bem arrumado e com aquele livro debaixo do braço, eu parecia um pastor evangélico e ela, com um quê de indecência, poderia ser facilmente confundida com uma prostituta.
De fato havia uma meia duzi de garotos jogando bola. Não cheguei a contar quantos. Diana então pegou-me na mão e sugeriu que atravessássemos o gramado por trás do gol e ficássemos recostado ao vestiário. Tratava-se de uma construção de alvenaria, muito precária.
-- Aqui atrás ninguém pode ver a gente – disse-me ela.
Coloquei o livro sobre o vão do basculante sobre nossas cabeças e tomei-a nos braços e a beijei. Ela me ofereceu seus lábios sem resistência. Aliás, desejava os meus lábios tanto quanto eu os dela. Qualquer idiota via isso. Uma mulher quando quer ser beijada não sabe disfarçar. E Diana não era diferente.
Embora estivesse fazendo muito calor ao longo do dia, tomara erradamente a decisão de vestir uma calça jeans e uma camisa de mangas longas quando o mais certo seria uma bermuda e uma camiseta. Mas quando queremos impressionar, sacrificamo-nos em nome da aparência. E de mais a mais sabia que as mulheres se impressionam com um homem bem vestido. Aliás, Luciana sempre me fazia questão de lembrar desse fato. Por outro lado, Diana teme a mesma ideia. Também quis me impressionar, mas da forma que as mulheres fazem. Com a pouco roupa. Por isso ela usava blusinha curta e uma minissaia. Embora se tratasse de uma roupa nova – dava para ver que talvez houvesse sido usada uma ou duas vezes no máximo – parecia ter sido feito para alguém cujas medidas eram pelo menos dois números menores. Digo isso porque, além de curta demais, a saia marcavam seus traços. A blusinha seguia o mesmo caminho e delineava-lhe perfeitamente os seios. Talvez ela não houvesse se dado conta, assim como não dei naquele momento, mas parecia uma jovem indo fazer um programa.
E como os homens são seduzidos pelos olhos, diferentemente das mulheres onde isso não é o fundamental, acabei por desejá-la como nunca. Seu corpo, colado ao meu atrás daquele vestuário, me levava a desejar ultrapassar todos os limites que havia ultrapassado até então. Eu estava excitadíssimo e vez ou outra uma de minhas mãos percorria-lhe o corpo num desespero, ávida por penetrar por territórios ainda inexplorados. Embora as carícias e os beijos me desanuviaram os pensamentos libidinosos, funcionando como um contrapeso, era torturante conter o ímpeto de, por exemplo, escorregar-lhe a mão por baixo daquela minissaia, enfiá-la por dentro da calcinha e tocar-lhe as partes pudicas. Imaginava a todo momento aqueles lábios úmidos, escorregadios, onde meu dedo deslizaria com suavidade. Aliás essa imagem me remetia à Luciana e mesmo à Fabiana, na qual eu pensava naquele momento sem o pesar de antes, nas quais havia introduzido o dedo a fim de lhes aumentar o prazer e levá-las a perder a cabeça, pois muitas vezes os homens fazem isso, embora por deleite, com o intuito de alcançar um objetivo maior -- o sim.
Se de início fui comedido, procurando não deslizar as mãos pelas partes mais pudicas, aos poucos porém – como sempre acontece, já que a sedução não passa de uma batalha onde o macho tenta conquistar cada vez mais território e a fêmea em defendê-los. Por isso eu sempre digo, muitas vezes em tom de brincadeira mas falando a verdade, que a conquista é uma invasão. E aquele que possui as estratégias mais inteligentes conquista qualquer território -- tornava-me cada vez mais ousado. Algum tempo depois minhas mãos encarregava-lhe pelos seios, por sobre a blusinha; pouco depois os apertava; e no beijo seguinte procurava enfiar por dentro da blusinha e puxá-la para cima.
-- Calma! Você está muito assanhadinho hoje! -- exclamou ela em dado momento, puxando-me a mão quando a enfiei sob o tecido e cheguei a tocar-lhe o mamilo com a ponta do dedo.
-- É que não estou aguentando – confessei.
-- Eu também não, mas temos que nos controlar – volveu ela. E aquelas palavras levaram-me a imaginar que se continuasse acabaria seduzindo-a ali. Embora até estar ali isso não me passou pela cabeça, já que nosso relacionamento sempre fora pautado na pureza e no mais puro prazer de estarmos um com o outro, um que de egoísmo apossou-se de mim a ponto de não se importar com a consequências de meus atos e desejar tão somente o prazer sexual. Por que não poderia levantar-lhe a saia, abaixar-lhe a calcinha e possuí-la ali naquela posição, recostada ao vestuário? Por que não se entregar a mim? Talvez não tivéssemos outra oportunidade. Não éramos mais crianças e nem mais aqueles dois adolescentes de quando nos conhecemos. Embora a imaginasse virgem, se não fosse não faria a menor diferença. Apenas desejava meu corpo no seu, completando a nossa união, mesmo sabendo que seria por mais um ou dois dias. Tais questionamentos devam ter me passado pela cabeça, mas definitivamente não me recordo.
-- Posso apenas levantar ela beijar seus seios? -- insisti num tom de voz suplicante.
Diana titubeou por alguns instantes, o que me levou, em desespero, a achar que me negaria. No entanto assentiu:
-- Mas só um pouquinho.
E quem acreditaria que seria “só um pouquinho”? Nem mesmo ela.
Confesso que minhas mãos tremeram quando lhe suspendi a blusinha apertada, a qual ficou toda encolhida pouco abaixo do pescoço. Olhei para aqueles seios cujos mamilos pareciam dois enormes grãos de bico. Tomados por um deleite tão intenso que qualquer carícia no meu falo levar-me-ia ao gozo, aproximei os lábios e sorvi-lhe um dos mamilos. Diana soltou um suspiro como se experimentasse o mesmo deleite que eu estava experimentando. Aliás, tenho cá comigo que se lhe levasse a mão entre as pernas a acariciasse por um instante Diana perderia as forças das pernas. Isso contudo não me ocorreu e mesmo que tivesse ocorrido, não creio que me deixaria chegar tão longe. Estava vulnerável demais para abrir mais um flanco. No entanto, enquanto saltava de um seio para outro – queria chupar-lhe os dois --, levei-lhe a mão ás nádegas e puxei a minissaia para cima. Estava decidido a possuí-la e levantar-lhe a saia era apenas mais um passo. Apesar de não ter planejado nada, o passo seguinte seria escorregar-lhe a mão entre as pernas, penetrá-la por baixo da calcinha e acariciá-la. E quando Diana não tivesse mais forças para me conter, abriria o zíper da minha calça, arrancaria o falo para fora e deixaria que ela o acariciasse antes de puxar-lhe a calcinha para baixo e enfiá-lo no meio das pernas dela.
Não posso afirmar que teria feito isso exatamente dessa forma. Mas não vejo motivos para tê-lo feito diferente. Talvez pegasse em sua mão e a fizesse abrir-me o zíper e na sequência enfiar a mão e puxar-me o falo para fora; talvez nem a teria deixado tocá-lo, embora este fosse um desejo que me acompanhava a algum tempo e do qual certamente não me furtaria. Se para ela pegar-me o falo não fizesse tanta diferença naquele momento, para mim sim. Fazia parte do ritual.

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