Meu clamor
Sou um homem vivido, idoso já,
porém razoavelmente conservado,
com memória que não esquecerá
perigos que registro em meu passado...
Por trás de tudo, seu fantasma está,
seu vulto com frequência apresentado
por artistas do traço, ao deus-dará,
e a si meu poema de hoje é dedicado...
Você de mim amiúde se acercou...
Não me queixo, porém, da minha sorte,
posto que sempre, até hoje, se afastou,
mas meu clamor a si quero deixar
bastante claro aqui: “Me esqueça, Morte,
longe de mim com esse seu olhar!...”
Sobrevivente
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