Claro, imaginariamente como o Guilherme Tell, porque a maçã está assente sobre a cabeça de algo que me toca o íntimo com delicada seriedade, em nada me sinto à vontade para fazer um exímio exercício de arco e flecha com a intenção de inflamar o gáudio da multidão que se suspendesse em famigerada dúvida sobre o alvo. Fisicamente, em paradigmática situação e posição de valores, jamais me atreveria a protagonizar semelhante jogo.
A exemplar cadência que o nosso actual Presidente da República tem imprimido ao seu porte sob a enublada complexidade que se depara à sociedade portuguesa, chega e sobeja para tranquilizar-me. Mais: o meu incondicional bichinho de ser português sem-mais começa de novo a orgulhar-se em auspicioso tom singelo. Algo de "vale-a-pena" se me espraia no espírito e conforta em sossego.
Estou neste momento persuadido que o sargento Luís Gomes e esposa vão poder educar tranquilamente a Esmeralda até que ela dealbe apta a distribuir afectos consoante o seu raciocínio determine, e, ainda que por um triz, também penso que os portugueses, inspirados no mais lídimo dos princípios da vida, irão exprimir-se em favor da sua própria natureza, ultrapassando com sábia sensatez o deformadíssimo equívoco que se lhes coloca.
Quem de manhazinha aprecia a apurada técnica de emissão e o sintéctico objectivo que a Euro News coloca sobre as notícias, sejam elas do àmbito que forem, que dia a dia eclodem no planeta, decerto que desejaria que a RTP se fundamentasse em idêntico paradigma e de uma vez por todas colocasse um fim à exuberante paradódia da pivotice lengalengante que se lambe e relambe sistematicamente defronte a um país completamente atordoado perante tanta fatuidade. Parece-me que à RTP cabe em exclusivo a representação condigna dos valores culturais que constituem e enformam os principais alicerces de uma sociedade mentalmente sádia e sobretudo pragmaticamente solidária.
Há anos que bato nesta simples tecla: por mais que os sucessivos governos intentem inverter a tendência à famigerada crise, a RTP, que numa altura destas deveria assumir um comportamento ético invulgar, abre-lhe as brechas do contínuo desvario e estabelece uma confusa deriva onde o país soçobra em estóico salve-se quem puder. Quem é que acredita num assunto sério emoldurado em regabofe?
Vá, qual é a próxima grande produção da "esplendorosa" Catarina? - Jovem Hollywoodiza-te. Sê uma grande atriz ou um grande actor de encontro ao Óscar.