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Poesias-->Trinta e um de Doze -- 08/08/2015 - 15:43 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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TRINTA E UM DE DOZE
Tudo que provoca o mundo hoje
em teu indeciso ventre, estômago,
tórax taquicárdico e confuso
jogue, estoure
esmague como fruto
que não pode dar vinho
ateie fogo nas calmas imagens emprestadas
de felicidade em lantejoulas e brilhos mudos
que não dizem nada
que não roubam nada
troque a gritaria dos controlados homens de bem
que dariam metade da vida ou quase para salvar seus carros,
troque isso pouco
pela sede de sua garganta, louca para soltar o coração
por algum motivo
em trinta e um de dezembro à meia noite
e solte sua imensidão como vulcão
que estarei esperando
aberta como um deserto
que recusa-se
a secar
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