Lá bem para o fundo do tempo
Donde a memória vinha vestida de guerreira
E patriótica então vibrava inteira
Com as sobre humanas e heróicas façanhas...
Vinha-me o orgulho de ser gente
O macho, o garanhão sumo indomável
Com alma de santo incontestável...
Um criminoso deveras inocente.
Mas...
Em face do tempo deste tempo
Quando subi ao pó, descido do trono
E experimentei na pele o rude abandono
De todos quantos fiz ajoelhar...
Deparou-se-me à luz o nojo espelhado
Da minha nefasta sombra de vez enfim
Saindo ao encontro do monstro donde vim
Para chegar aqui, em pé, de corpo libertado!...