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Artigos-->EE.UU. x Iraque (II) -- 07/02/2003 - 20:36 (Paulo de Goes Andrade) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


EE.UU. x IRAQUE (II)



Paulo de Góes Andrade



Mesmo sem provas concretas de armas de destruição em massa, que não serão encontradas, fucem que fuçar os inspetores da ONU, a neurose de Bush não será contida. Ele quer ver sangue, mesmo que seja dos seus próprios soldados, já concentrados em pontos estratégicos no Golfo Pérsico, porque o seu interesse não é outro, senão o domínio do potencial petrolífero do Iraque.

Se os Estados Unidos vivem se preparando, com armas e aviões sofisticadíssimos, para uma eventual guerra, e para mostrar também ao mundo a sua supremacia sobre outros povos, principalmente à China comunista e à Rússia, mister se faz que forças antagônicas, se acautelem. É o caso, deduzo, do Iraque e da Coréia do Norte. A Índia e o Paquistão já se incluem no clube dos detentores da bomba atômica. Já merecem o devido respeito dos americanos.

Até povos do terceiro mundo, ou de países emergentes, como querem que nos chamem, povos como nós – brasileiros, despendem gastos inúteis com armamento bélico. O Brasil, por sua vez, há muito vem preparando-se para uma guerra, talvez com a Argentina, desperdiçando milhões de dólares na aquisição de porta-aviões, submarinos, navios e aviões de guerra.

Bush, não conformado com a humilhação que lhe impôs Osana Bin Laden, destruindo as torres gêmeas do World Trade Center e danificando o indestrutível, o inabalável Pentágono com aeronaves de fabricação americana, comandadas por pilotos-suicidas treinados em território americano, escolheu o Iraque como “bode expiatório”, ou “boi-de-piranha”, para se “vingar” da façanha islâmica. Saddam Hussein foi o mentor, na presunção do mandatário da Casa Branca, da “tragédia americana” de 11 de setembro de 2001.

A decisão que tomará o governo norte-americano, como já proclamou Bush, não dependerá da opinião de outros, nem mesmo do Conselho de Segurança da ONU, para invadir o território iraquiano, para depor Saddam. De certo está vislumbrando o povo daquele país, em apoio à sua atitude, tremulando nas mãos bandeirinhas dos Estados Unidos, na recepção triunfal aos soldados americanos nas ruas de Bagdad, entoando: God save America!

A insensatez do cow-boy George W. Bush ainda não convenceu a Alemanha, a França, a Rússia nem a China Comunista. Essas nações, estou convencido, não darão o seu aval para que aquele país seja invadido, pelo pressuposto de financiar o terrorismo pelo mundo. No conceito desses povos prevalece também, como na opinião pública do mundo inteiro, certa margem de dúvida, de desconfiança quanto ao interesse tão somente de derrubar Saddam, para que, com isso, o terrorismo seja alijado da face da terra.

Deposto, seria ele, como eu já disse no meu primeiro artigo, o último iraquiano a odiar a América? Homens-bombas, veículos, equipados com nitroglicerina, deixariam de dinamitar prédios e pessoas pelo Mundo? Que se livrem os governos que aplaudem essa intentona dos Estados Unidos contra o Iraque, que só faz acender mais ainda a chama do ódio dos povos árabes, que também estão convencidos da ambição norte-americana com relação à riqueza petrolífera daquele país do Golfo Pérsico!

Hoje, é o Iraque. Amanhã, poderá ser o Iran, o Koweit ou a Arábia Saudita. Motivos não faltarão ao poderoso povo americano para se lançar a aventuras desastrosas dessa espécie, porque lhe pertence o rótulo de donos-do-mundo. E isso ninguém lhe ousará subtrair. Bush que o diga!



Brasília (DF) – 07 / 02 / 2003









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