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Contos-->CONVERSA COM UMA BONECA DE PANO XIII -- 20/07/2012 - 15:01 (GIVALDO ZEFERINO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vitória, hoje o dia surgiu radiante e eu senti uma vontade louca de gritar, pular, dançar... mas não rias de mim nem penses que estou louco. É alegria mesmo. Enfim, resolvi eliminar a solidão de minha vida. Nós merecemos ser felizes, merecemos o que a felicidade tem a nos oferecer: amor, alegria, sorriso, companhia... Aline vem morar com a gente, nós vamos nos casar, Vitória! Seremos uma família feliz, tu não ficarás mais sozinha quando eu for ao trabalho ou à cidade; terás quem cuide melhor de ti e não te aborrecerei mais com minhas baboseiras; já deves estar com calos nos ouvidos de tanto escutá-las, não é mesmo? Ah, não fiques com essa cara amarrada, até parece que estás com ciúme, isto eu pensaria se não te conhecesse bem. Verás como será agradável termos mais alguém que participe do nosso convívio. Desde que estivemos no motel, não consegui mais esquecer o odor do perfume que ela usava, o calor do seu corpo colado ao meu, seu jeito afetuoso de me olhar, seu sorriso... No encontro seguinte, ela estava mais bela e mais sedutora. Foi aí que lhe perguntei se queria compartir comigo mais momentos aprazíveis como aquele, numa vida conjunta quando nos completaríamos e seguiríamos unidos para todo o sempre, e ela respondeu que ainda era cedo para assumirmos um compromisso sério, que era preciso nos conhecer melhor a fim de evitarmos possíveis desilusões futuras. Até que achei sensatas suas considerações, apesar de ter pressa, visto que ambos estávamos sem ninguém. Cada vez que ficávamos juntos, descobríamos um mundo encantador em torno de nós, que nos seduzia e nos aconchegava com tanta naturalidade, até que, finalmente, olhamos um para o outro, nos sorrimos e falamos: estamos esperando o quê?
Providenciarei uma boa reforma nesta casa; ela está um tanto derrubada e sombria. Amanhã mesmo vou mandar pintá-la com cores mais suaves e alegres; preciso renovar o mobiliário também. Depois que saí do apartamento e vim para cá, não comprei uma peça sequer, mas agora, criei alma nova e quero recomeçar tudo da melhor forma possível. Eu nasci para vencer, Vitória; nasci para ser feliz. Esta casa terá novo brilho. Não vejo a hora de Aline chegar toda radiante e sorridente. Ela te porá no colo, ajeitará teus cabelos, te enfeitará com essas coisas que as mulheres usam para se sentirem mais charmosas; ela ornamentará nossa casa com flores e outros adereços; vai alegrá-la com sua presença descontraída; nós viajaremos, conheceremos novas paisagens, passearemos pelos campos... São tantas coisas que iremos desfrutar juntos! Eu fico a imaginar a sua chegada a esta casa: ela surge prazenteira, e com os braços abertos me envolve num longo abraço e um beijo ardente; em seguida te põe nos braços com carinho, dizendo que és a mais linda boneca do mundo. Finalmente, inspeciona a casa onde vai morar, com uma alegria singular que nos contamina, ela pula e rodopia e dança e canta e nos puxa para dançar também até a exaustão. No dia seguinte, vou trabalhar satisfeito, sabendo que alguém me espera e que não mais ficarei sozinho.
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