AMOR DE MINHA VIDA!
Não ouço a sua voz e
o silêncio causado pela mudez da minha alma se revela nas orvalhadas gotas de um sereno nascido com a noite vazia,
desconexa,
sem brilho e
escorridas da minha alma.
Não me fiz presente no seu cântico e
não sei mensurar a equidistância nascida entre o grito e o silêncio,
entre a fúria incontida dos meus olhos e a emudecida necessidade de permanecer.
Novamente você figurou no palco da vida e não pude viver o seu momento pelo mero descuido da hora imposta e pela distância nefasta das linhas separadas pelo grito do mundo.
Sei saber que você flana estrelas afora e colore a minha opaca lua que boceja para nascer nesta orbe sem sentido.
Sei um tanto de coisas ponderáveis, mas não sei silabar o incomodo que dilacera o meu coração convivendo com esta inenarrável ausência sua.
Poeta Balsa Melo
Fortaleza - CE
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