Sorriso aberto, indiscreto, amante das mulheres e da lua e do pôr-do-sol. Olho de cobiça, de malícia, facilmente, cai na armadilha de um abraço de mulher. Ele vai de encontro ao vento que sacode os seus cabelos, vai se deitar na areia da praia onde as ondas do mar sussurram em seus ouvidos uma leve melodia; vai colorir o mundo com a cor do arco-íris, esquecer as mágoas, reabrir o riso, relaxar o peito e sorrir à toa.
Ansiosamente, aguarda a mulher que garantira vir ao seu encontro. Ele imagina sua amada, de biquíni, desfilando toda sorridente em sua direção com os braços soltos ao vento. Dois corpos se entrelaçam e rolam e se extinguem, porém ressuscitam numa disputa corporal animalesca. Jogam-se ao mar, e lá mesmo se amam enquanto as águas sorriem com tamanha afoiteza e perdoam-nos em nome do amor, e os aplaudem.
Quando ela aparece, um beijo encalmado, um sorriso, então ele conduz a amada a uma barraca na beira da praia, compra cigarros, pede uma cerveja, oferece-lhe cerveja, enche dois copos e brindam o amor. Em seguida, um beijo na boca, depois outro gole, depois outro beijo, outro gole, outro beijo... Por fim, se afasta e envereda direto a caminho do mar. No meio do caminho, volta para ela, acena a sorrir-lhe, ela acata o convite e parte excitada ao encontro do amante. De mãos dadas, mergulham nas águas inquietas do mar. Dos vários mergulhos e abraços e beijos, retornam à barraca. Mais uma cerveja, mais beijos, mais beijos, mais outra cerveja, mais beijos... Depois de outro beijo, ela abre sua bolsa, retira a carteira, lhe entrega umas notas que ele arrebanha sorrindo. Por fim, ela paga a despesa, e partem felizes não sei para onde, felizes da vida.
|
