MINHA LUA
Sou um menino travesso
Deixo tudo pelo avesso
Dobro esquinas, dobro a rua
Esses dias, peguei a lua
E com arte magistral
Enfiei num alfinete
E pendurei no varal
Mas a gangorra do tempo
Fez a minha mãe voltar
Ao seu tempo de criança
Vendo a lua balançar
E quando o vento tocava
A lua quase arrastava
Na grama do meu quintal
A mamãe não teve medo
De revelar seu segredo
Da criança que há nela
E sem sequer ficar vermelha
Arrancou do varal a lua
E como uma jóia sua
Pendurou-a na orelha
***
Imagem:astrocentro.com.br
PS
Publicado na Usina de letras.
Comentários
Poema como uma brincadeira, genuíno, pueril, singelo, ligeiro, de fantasias de um homem que guarda um menino dentro...
COMENTÁRIO enviado por Albeniz Clayton·
Reino Unido · 19/10/2009 14:12
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