BRILHAR
(Edna Berta)
Nasce à vida, uma luz.
Clareia a noite, o luar.
Em plena tempestade,
raios a faiscar e a escuridão
fica bordada de lascas prateadas.
Após uma noite difícil
vem o Sol, como cálido artifício.
É sempre assim.
O brilho tudo revigora.
Tudo valoriza.
Desde o cedo da aurora,
beijando as folhas orvalhadas.
Brilho próprio ou emprestado,
de pedras verdadeiras ou não.
A luz refletida em valsas,
brilho da vida recém-nascida,
das ondas de águas cristalinas.
Que seja sempre, então,
brilho em cascatas,
luar e ondas do mar.
Brilhar as luzes
de todas as origens,
para valorizar tudo o que surge.
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