GINA... GINA!
Já não escrevo a mais ninguém. E pouco leio nesta Usina enlouquecida. Uma ou outra exceção, e este meu bilhete é uma delas.
Seu endereço é um pelo qual passo sempre. Ele é muito especial. Encantei-me particularmente com os Artigos sobre Drummond. Foi emocionante sentir o poeta tão gente e tão perto de mim. Saber de sua vida comum, fora da poesia e da fama, me fez muito bem. Imagino o que não se passa dentro de você nessa convivência com Lygia, em cujo coração ele permanece tão vivo. Como a entendi, em seu desabafo na carta para o amigo. Aquela espera pelo telefonema, sabendo que não vem. A vida meio parada na vida que aconteceu e não volta. É tudo tão igual que nós, amantes, parecemos comungar de um mesmo coração. Ah, os mistérios do amor na gente! Lágrimas me escapam...
Fui à sua página agora e reli tudo. Apesar de toda tristeza, é uma brisa fresca que, ao mesmo tempo, aumenta e alivia minhas dores de amor. Minhas? Não, dores de todos os amantes unidos no enorme coração comum. Há dores, querida, que só quem já amou desmedidamente pode entender.
Este é meu pequeno comentário para agradecer a você, Gina, pela riqueza que generosamente derrama em nosso coração com esses três Artigos sobre um Drummond que morreu e continua vivo. Por favor, não pare aí, continue essa série que é pura beleza.
Meu beijo, querida Gina.
Sal
LEIAM:
I - Drummond: - A simplicidade e os amigos
II - Drummond: - A expulsão do Colégio
III - Drummond: - A carta de Lygia, a namorada
|