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Poesias-->Degrau da Miséria -- 21/03/2000 - 13:51 (ROZILENE SOUSA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vida irregular

Barriga vazia

Sem trabalho, sem pão.



Exausto, esquecido

Sem tino, sem forças

Lentas pegadas

Na rua de ninguém

Sai a vagar.



Triste, abatido

Sentimentos mudos

Sensibilidade calejada

Sem pranto, sem lar

O que resta da vida?



Finda o dia

E somente a rua

Escuta atônita

Silenciosas queixas

Do público descaso.



A noite cai

Vem a lua

Redonda e bela

Testemunhar

Medos não confessados

Suspiros engasgados

A condição degradante.



Quando o sono chega

Na solidão sem par

Cristo vem consolar

O humilde ser

Indefeso e frágil

Que adormece ao relento

Enquanto o meliante

Não vem atear

O fogo da maldade

Do matar por matar.



Na peleja árdua

Na terra batida

No cimento frio

No limite da vida

Espera

Justiça social

Dignidade humana

Na fila sem fim

No degrau da miséria

Agoniza.



Nasce um novo dia

Come o sobejo do lixo

Sem se fazer notar.

De mazela em mazela



Faz-se os passos da História

Desta rida Nação.

Quinhentos anos se brinda

Onde opulência e pobreza

Eterna oposição.



Poucos TUDO têm

Muitos nem UM vintém

Qual o valor do SER?

Qual o peso do TER?

Fome, injustiça

Miséria e FMI

Até quando Brasil?

E POR QUÊ?



(1ºLUGAR NA CLASSIFICAÇÃO DO CONCURSO INTEGRADO DE POESIA AUGUSTO MOTTA/RJ 1999- ESTUDANTE DE DIREITO)



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