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Contos-->O BILHETE -- 19/01/2012 - 11:15 (GIVALDO ZEFERINO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estava eu sentado em um boteco de Cidade Alta tomando uns drinques enquanto observava as pessoas que passavam e admirava a beleza das mulheres daquela cidade, quando fui abordado por um rapaz que me entregou uma folha de papel pautado dobrada ao meio e disse:
- Uma senhora mandou que eu entregasse isso aí ao senhor.
Eu perguntei:
- Quem?
- Não sei. Ela me deu uma gorjeta e pediu pra entregar-lhe isto.
Olhei de um lado para o outro e não distingui ninguém interessante ao redor. O garoto partiu e me pus a ler o conteúdo do bilhete. Assim estava escrito: Seu sacripanta, até que enfim o encontrei. Você é a criatura mais abominável que passou por minha vida, mas eu sobrevivi e venci. O filho que você abandonou enquanto estava dentro de mim, ele não sabe nem que você existe porque acredita que esteja nos quintos dos infernos e você não merece chegar perto dele.
Hoje ele é um renomado médico e as pessoas têm por ele um grande carinho.
Você foi cruel demais e nunca haverei de perdoá-lo pelo que me fez. Meu filho, criei-o às minhas custas com sofrimentos e sacrifícios, enquanto você curtia sua vida desregrada. Seu castigo é que jamais saberá quem ele é. Volte para o seu inferno.

Marina


Com o texto nas mãos, aturdi-me sem noção do que aquele bilhete significava e um tumulto invadiu minha alma numa confusão total. Fiquei a rememorar minha vida pregressa e nada me acusava de algum ato maléfico que houvera praticado. Por certo, havia algum erro de destinatário, a mulher me confundira com o cidadão que repudiava ou coisa assim. Dando vazão aos pensamentos, levantei-me, paguei a conta do boteco e saí à procura do moleque que me entregara aquele bilhete, mas em vão. Uma mulher de cinquenta e poucos anos me seguia discretamente e me abordou quando eu passava em frente de uma loja de brinquedos:
- Desculpe, senhor. O bilhete que aí está era para outra pessoa. À distância, eu o confundi. O senhor parece um homem nobre, perdoe-me e me devolva a carta. Um dia talvez, ela será entregue à pessoa certa.
Que alívio senti! Retornei ao bar e bebemorei pelo resto da manhã.

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