Por uma janela olhei e
Vi toda aquela natureza
Envolver-me
Penetrar meus olhos
Como que querendo mostrar
O infinito.
Minha atenção estava voltada
Para a mágica de beleza
Existente
Não conseguindo enxergar
Nas paredes, nos edifícios
Nada que descansasse ou que
Pelo menos, fizesse descansar
Minhas retinas tão cheias de rotinas.
Apagou-se a quentura das
Calçadas multiformes.
E o que restou de belo
Foi rastro de sol
No rosto da meia noite.
Alberto Said
*Homenagem ao autor e eterno amigo, sensível, visionário poeta Alberto Said, que se foi na alvorada de sua juventude, mas deixou poemas de caráter extremamente humano, sensíveis, que evocam a justiça social, a beleza da vida com muita pureza e simplicidade.
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