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Infantil-->Fáb. selec. de La Fontaine (VIII) O gato e o rato -- 19/10/2003 - 21:46 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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O gato e o rato
Um rato vivia debaixo de um alto e frondoso pinheiro, cujos ramos pendiam até ao chão. Bem pertinho, moravam uma coruja, uma doninha e um gato, que azedavam o ambiente e as condições de vida do rato.
Embora o rato fosse rodeado de tantos inimigos, ele hesitava em abandonar a sua morada; pois o velho pinheiro o alimentava, suficientemente, com suas sementes que, na primavera, estralejavam no chão. Também a tempestade jogava ao chão, freqüentemente, pinhas maduras pra ele, ainda não abertas; o astuto rato rebocava-as para seu ninho, cheio de felicidade, e as ajuntava como rica reserva para o ano inteiro.
Certa manhã, o rato ouviu um tenebroso miado. Ele sorriu maliciosamente:
— Parece que um de meus atormentadores está perdido.
Os miados ficaram mais lamentosos, e o rato, curiosamente, deu uma olhadela de sua toca. Mas ele não pôde ver nada. Cuidadosamente, caminhou no rumo do qual vinha a lamúria. Então, ele reconheceu o gato que, tão freqüentemente, já o havia enchido de medo e horrores. O gato tinha caído numa armadilha.
— Você bem o merece! Exclamou o rato para o seu inimigo.
Porém, o gato postou seu mais moderado tom de bajulação e ronronou:
— Querido amigo, sua bondade e sua docilidade são conhecidas por toda parte. Eu admiro e amo você, antes de todos os outros animais desta região. Agora que o vejo, tenho que lhe dizer, não me arrependo, em momento algum, por ter sido seu guarda e lhe protegido. Agora, você pode me agradecer por isto e pode me ajudar a sair desta rede diabólica. Algum tratante deve ter armado esta rede aqui, ontem.
— Eu... salvar você?... Perguntou o rato, rindo à toa, nada impressionado pelas palavras adocicadas do seu inimigo mortal. "O que você me oferece como recompensa?"
— Minha eterna fidelidade e ajuda incondicional contra todos os seus inimigos, respondeu o gato . O rato respondeu:
— Contra todos os outros inimigos, até que bem pode ser, mas quem me protege de você?
— Eu juro que lhe protegerei com minhas afiadas garras, assegurou o gato.
O rato quis voltar pra sua toca, zombeteiramente, quando a doninha com seu rabo curto o interrompeu, olhando-o ferozmente. Logo após, a coruja grasnou baixinho. Em sua aflição, o rato não teve dúvidas, correu até o gato e roeu a rede apressadamente.
A doninha correu contra o gato para desafiá-lo e tomar para si a presa. Sem demora, o rato saltou para trás do seu novo amigo de fé. Porém, imediatamente, a coruja estirou para fora suas garras sobre o rato.
Então, latidos furiosos caíram por cima dos disputantes. Doninha, coruja, gato e rato fugiram em direções diferentes; é que um caçador passava pelo caminho com seus cães, ao redor das armadilhas que havia colocado, para verificá-las.
Dias depois, o rato olhava do seu buraco para verificar se o caminho estava livre, quando então, o gato espirrou em sua direção. O rato correu de volta.
—Por quê você foge de mim, querido amigo, seria eu seu inimigo? Hipocritamente, perguntou o gato. "Porém, eu devo minha vida a você e sou seu melhor amigo. Venha, deixe-me dar-lhe um beijo de agradecimento por sua ajuda."
— Eu assobio por seu agradecimento, você, falso, hipócrita. Você acha que eu não saberia que só devo minha vida aos cães que puseram todos vocês a fugir? Você não pode negar sua natureza, nem mesmo ainda com um juramento de amizade tão sagrado, que só a necessidade o forçou. Você é e permanece um gato assassino.
E com estas palavras, o rato se retirou de volta para seu profundo buraco.


Clic"ali,oh:=>>>O porco, a cabra e a ovelha

Fonte: www.udoklinger.de






















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