Sim! Ela é uma vagabunda. Dessas bem desclassificadas que dão em cima do marido da amiga. Deve ser por isso que pelo próprio marido é tratada como tal. É, tem homem que gosta! Foi a essa conclusão que Isabelle chegou depois de analisar o comportamento vulgar e o jeito estranho, às vezes masculinizado, de Vanessa. Com a decepção, Isabelle começou a ficar fria. A amizade não é a mais a mesma. Conversam e mantêm a aparência de ainda amigas, mas, quando se olham, sabem o que de fato acontece.
Acontece que Vanessa vem se revelando, a cada dia, mais biscate. Não há como descrevê-la sem usar palavras baixas, pois ela é toda baixa. Na semana passada, quinta-feira, Vanessa fez questão de contar que foi à sala do chefe fazer uma reclamação. Contou se achando que MANDOU no chefe! O problema não é esse. O que deixou Isabelle atordoada para continuar seu trabalho, foi o jeito vulgar, extremamente vulgar, com o qual Vanessa insinou ter flertado com o amor da vida de Isabelle. Dando um jeito de esconder a pança medonha, mostrava o que ainda tem de bonito para dizer que ele gosta. Que ele olha. Que ele quer. Foi uma grande dose de veneno injetada na alma de Isabelle. Ela decide ser feliz e essa vagabunda vem lhe provocar?!
Isabelle acredita no seu amor. Sabe o quanto ele a ama. Mas é ciumenta e não suporta a ideia de que ele queira outra mulher. Ela não é tola de acreditar que isso não pode acontecer. Claro que homens desejam outras mulheres mesmo quando amam apenas uma. Mas ter isso escancarado ninguém merece. É o tipo de coisa que nem sonho deve nos contar. Senão... cadê a magia? O encanto?
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